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Praia imprópria para banho: saiba os riscos de nadar em água contaminada

Praia imprópria para banho: saiba os riscos de nadar em água contaminada

Banhista pode contrair viroses, micoses e até hepatite. Veja como acompanhar a balneabilidade das praias da Grande Vitória e evitar doenças

Publicado em 4 de janeiro de 2023 às 14:53

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Banhistas ignoram aviso e se refrescam em praias impróprias para banho em Vitória
Banhistas ignoram aviso e se refrescam em praias impróprias para banho em Vitória. (Ricardo Medeiros )

Dias de sol e altas temperaturas: certeza de praias lotadas! Para se refrescar no mar, entretanto, é importante ter atenção à balneabilidade do local. As praias da Grande Vitória são monitoradas pelas prefeituras, a cada semana é divulgado um boletim atualizado apontando quais estão próprias ou impróprias para banho.

Ignorar o alerta pode trazer sérios riscos à saúde. Segundo a médica infectologista Tania Reuter, membro do comitê científico de hepatites virais da Sociedade Brasileira de Infectologia, ao ingerir a água contaminada o banhista pode contrair hepatite A, uma infecção do fígado altamente contagiosa.

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Uma simples brincadeira de colocar água na boca e cuspir, por exemplo, já é suficiente para deixar a pessoa doente.

Tania Reuter
Médica infectologista
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“Os sintomas começam a aparecer sete dias ou mais após o mergulho, então fique atento ao sentir mal estar, enjoo, diarreia leve. Procure a unidade de saúde para fazer exames e verificar se é hepatite”, orienta a médica.

Outros vírus, parasitas, fungos e bactérias podem contaminar o banhista, muitas vezes, na própria areia.

A médica dermatologista Giselly De Crignis, da Unimed Vitória, afirma que várias doenças de pele podem surgir a partir do contato com a água ou areia contaminada.

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A menor ferida, até mesmo aquele ‘bifinho’ tirado na cutícula, pode permitir a entrada de bactérias.

Giselly De Crignis
Médica dermatologista
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Entre as doenças mais comuns estão a pitiríase versicolor, micose conhecida como “pano branco”, que causa manchas e coceiras na pele, e as “frieiras” entre os dedos dos pés.

Quadros de dermatites ou furúnculos podem ser agravados em praias impróprias para banho.

Classificação de balneabilidade

Balneabilidade é a capacidade que um local tem de possibilitar o banho e atividades esportivas em suas águas, ou seja, é a qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário. A balneabilidade é determinada a partir da quantidade de bactérias do grupo coliforme presentes na água.

Resolução CONAMA 274/00 estabelece a concentração dos indicadores "própria" ou "imprópria".

Veja onde consultar a balneabilidade das praias da Grande Vitória:

VITÓRIA - Vitoria

VILA VELHA - Vila Velha

SERRA - Serra

Quando a praia é classificada como imprópria?

As águas serão consideradas impróprias quando, no trecho avaliado, for verificada uma das seguintes ocorrências:

  • 01

    Coliformes fecais (termotolerantes)

    Além de presentes em fezes humanas e de animais podem, também, ser encontradas em solos, plantas ou quaisquer efluentes contendo matéria orgânica. São bactérias pertencentes ao grupo dos coliformes totais caracterizadas pela presença da enzima ß-galactosidade e pela capacidade de fermentar a lactose com produção de gás em 24 horas à temperatura de 44-45°C em meios contendo sais biliares ou outros agentes tenso-ativos com propriedades inibidoras semelhantes.

  • 02

    Escherichia coli

    A Escherichia coli é abundante em fezes humanas e de animais, tendo, somente, sido encontrada em esgotos, efluentes, águas naturais e solos que tenham recebido contaminação fecal recente. Bactéria pertencente à família Enterobacteriaceae, caracterizada pela presença das enzimas ß-galactosidade e ß-glicuronidase. Cresce em meio complexo a 44-45°C, fermenta lactose e manitol com produção de ácido e gás e produz indol a partir do aminoácido triptofano. 

  • 03

    Enterococos:

    A maioria das espécies dos Enterococcus são de origem fecal humana, embora possam ser isolados de fezes de animais. Bactérias do grupo dos estreptococos fecais, pertencentes ao gênero Enterococcus (previamente considerado estreptococos do grupo D), o qual se caracteriza pela alta tolerância às condições adversas de crescimento, tais como: capacidade de crescer na presença de 6,5% de cloreto de sódio, a pH 9,6 e nas temperaturas de 10° e 45°C. 

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