Parte da orla de Vitória terá sua faixa de areia alargada. A Prefeitura de Vitória anunciou, nesta segunda-feira (19), a publicação do edital para o engordamento das orlas da Curva da Jurema, Guarderia e Praia do Canto, que vêm sofrendo com os efeitos da erosão nos últimos anos. O trecho com maior extensão — que fica na Curva da Jurema — ganhará até 60 metros a mais de areia. A previsão é que a obra comece ainda no primeiro semestre deste ano e dure 180 dias, com o custo em torno de R$ 30 milhões.
A Curva da Jurema é o trecho que terá a maior faixa, aumentando de 38 a 60 metros de largura. Na Praia da Guarderia, nem toda a faixa de areia passará por engordamento, mas o trecho engordado terá entre 32 e 35 metros. Chegando na Praia do Canto, a extensão da faixa de areia ficará entre 37 metros e 55 metros.
Os 261 mil m³ de areia que serão utilizados para realizar o engordamento serão extraídos de jazidas no fundo do mar. "A gente teve que fazer estudos para identificar em quais locais tem a areia específica e necessária para fazer esse engordamento. Já tem estudos prévios existentes, então sabemos quais são as áreas mais propícias. Essa jazida já está identificada. É a mais próxima, por uma questão de economicidade", explicou o secretário de Obras de Vitória, Gustavo Perin.
Ainda segundo o secretário, a necessidade da obra foi constatada em estudos que mostraram que, em duas décadas, as praias perderam, em média, 1 metro de faixa de areia por ano. A situação se agravou nos últimos dois anos, com perda de 4 metros por ano. A obra não é uma solução definitiva, mas deverá conter o avanço do mar e a erosão por cerca de 10 a 15 anos, quando nova intervenção precisará ser realizada.
Em maio de 2020, a Prefeitura de Vitória já havia realizado uma obra de engordamento da faixa de areia na praia da Curva da Jurema. O processo foi o mesmo: areia foi retirada do fundo do mar e levada até a praia. Na época, o trecho ganhou mais 33 metros de largura. O objetivo era que a erosão não chegasse aos quiosques e calçadão.
Menos de um ano depois, no entanto, a reportagem de A Gazeta detectou pontos com problemas de erosão. Na época, a prefeitura alegou que a obra havia sido feita na gestão anterior e que, naquele momento, a administração estava levantando todas as demandas e necessidades referentes à área ambiental da Capital.
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