O Palácio Bernardino Monteiro, sede do executivo em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, será desocupado em breve. Segundo a prefeitura, até o final do ano o espaço passará por restauração e, por isso, as secretarias que hoje o imóvel abriga serão realocadas em outros espaços na cidade.
A ordem de serviço para as obras de restauração do centenário Palácio Bernardino Monteiro, que fica na Praça Jerônimo Monteiro, centro da cidade, ainda não foi assinada, mas deve acontecer até o final do ano, de acordo com a prefeitura.
O projeto e o valor a ser investido, que ainda serão divulgados, são de responsabilidade do Governo do Estado. Já a execução, ficará por conta do município.
Atualmente, as salas do palácio estão ocupadas pelas seguintes secretarias: de Governo, de Cultura e Turismo e o gabinete do prefeito. As pastas, de acordo com o município, estão em processo de avaliação de novos imóveis para a mudança temporária.
Em nota, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) disse que está realizando os trâmites iniciais para o convênio da restauração do Palácio Bernardino Monteiro com a prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim e, em breve, divulgarão mais informações.
Em 2019, a prefeitura de Cachoeiro cogitou se mudar para o prédio do antigo Hotel San Karlo, local que hospedava o Rei Roberto Carlos em suas idas à terra natal. Até uma chamada pública foi aberta, mas o projeto não foi para frente. O mesmo aconteceu em 2017. Na época, a prefeitura também confirmou que desejava sair do palácio e ali, montar um centro cultural.
O prédio foi inaugurado em 1912 e abrigou o Grupo Escolar “Bernardino Monteiro”, uma das instituições de ensino mais importantes na história do Espírito Santo. A arquitetura escolhida reproduz, propositalmente, um palacete, como forma de valorização da educação.
O imóvel é tombado pelo Conselho Estadual de Cultura desde 1985. Um dos espaços que o palácio abriga é a Sala de Arte Levino Fanzeres, que fica no primeiro piso. No local, acontecem ações culturais e artísticas. Inaugurada em 2005, a galeria foi batizada com o nome de um pintor cachoeirense. Fanzeres, além de desenhista, foi gravador e decorador de grande importância na cultura brasileira. Algumas de suas obras podem ser vistas no palácio.
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