Um prédio em Vitória foi um dos primeiros do país a receber uma tecnologia que converte o som em campo magnético e transmite o áudio de forma mais clara para os aparelhos auditivos, ajudando pessoas com baixa audição a escutar palestras e eventos.
O chamado aro magnético, já utilizado pela Câmara dos Deputados, em Brasília, foi instalado, no mês passado, no auditório da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), no campus de Goiabeiras, na Capital.
Também conhecido como amplificador de indução magnética, essa tecnologia capta o som e transmite o áudio mais limpo para os aparelhos auditivos compatíveis e para implantes cocleares, reduzindo ruídos do ambiente, conforme explica o técnico Israel Lima, da empresa Som para Todos, que instalou o equipamento.
Funciona como se a pessoa estivesse plugada na mesa de som ouvindo o que está sendo dito diretamente do microfone, permitindo um entendimento maior, uma vez que aparelhos e implantes amplificam todos os sons, incluindo ruídos do ambiente, prejudicando a compreensão.
Essa, aliás, é uma das principais queixas de quem utiliza os aparelhos, conforme explica a professora universitária e secretária-geral da Adufes, Aline Bregonci.
“O aparelho (auditivo) amplia o som, mas amplia o som de tudo, e esse mecanismo ajuda as pessoas a entenderem de forma mais clara. O aro magnético limpa o som e faz com que ele chegue diretamente ao aparelho da pessoa, um fonezinho. É um recurso de acessibilidade.”
Aline explica que a instalação do aro magnético faz parte de uma série de ações do sindicato, visando garantir maior acessibilidade de pessoas com deficiência às dependências da Adufes, buscando minimizar barreiras prediais, mas também de comunicação.
“As pessoas com deficiência demandam essa acessibilidade, e, muitas vezes, os espaços não estão preparados para recebê-las, então investir nesses recursos e nos profissionais que vão receber essas pessoas é fundamental. As pessoas precisam saber que tudo isso está lá, à disposição delas.”
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