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Prédio que desabou em Vila Velha era irregular, diz Crea-ES

Prédio que desabou em Vila Velha era irregular, diz Crea-ES

Desabamento aconteceu na manhã desta quinta-feira (21); quatro pessoas estavam no imóvel

Publicado em 21 de abril de 2022 às 17:48

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O prédio de três andares que desabou na Rua Antônio Roberto Feitosa, bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha, na manhã desta quinta-feira (21) era um edifício construído de forma irregular. A afirmação é do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), após especialistas terem realizado vistoria fiscal do local. 

A vistoria técnica ainda será feita, mas o Conselho já garante que o prédio “foi executado de maneira irregular, sem projetos, sem anotações de responsabilidade técnica, sem acompanhamento de um profissional de Engenharia e sem cumprir as Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBRs).”

Bombeiros trabalham no resgate dos sobreviventes do desabamento em Cristóvão Colombo
Bombeiros trabalham no resgate dos sobreviventes do desabamento em Cristóvão Colombo. (Vitor Jubini)

O engenheiro e presidente do Crea-ES, Jorge Silva, fez um alerta à população e destacou que obras clandestinas expõem a grandes riscos não apenas a construção, mas também as pessoas.

“Na hora de construir ou reformar, procure uma empresa ou profissional legalmente habilitado para realizar obras e serviços de Engenharia. Isso traz mais economia, qualidade e segurança para os moradores e também para a comunidade do entorno. Construção clandestina expõe o imóvel e as pessoas a grandes riscos, até mesmo causando vítimas, como infelizmente ocorreu neste caso”.

Ainda nesta quinta-feira (21), o Conselho iniciará também uma verificação das condições dos imóveis nas proximidades com o objetivo de identificar se há riscos para a vizinhança. Ainda pela manhã, seis famílias foram orientadas a deixarem suas casas por precaução. Até o final da tarde, elas ainda não haviam sido autorizadas a retornar.

“A partir de agora o Crea-ES acompanhará o caso trabalhando junto ao Corpo de Bombeiros. Nossa função é a fiscalização do exercício profissional, mas nossa atuação tem ido além, educando, orientando e contribuindo com a população e com os órgãos públicos de defesa da sociedade, quando na ocorrência de incidentes como esses”, finalizou o presidente do Conselho.

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