A ordem de serviço para construção da primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vitória foi assinada na manhã deste sábado (5). O investimento é de R$ 21,6 milhões, por meio de uma parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e o prazo para execução dos trabalhos é de 540 dias.
Durante a assinatura da ordem de serviço, o secretário municipal de Obras, Gustavo Perin, afirmou que além da nova UPA, a prefeitura vai construir uma nova Secretaria Municipal de Saúde e uma nova unidade de saúde em Forte São João. "Vamos colocar essa unidade de saúde aqui, a secretaria... tudo no chão, vai ser tudo novo", declarou.
A secretária municipal de Saúde, Magda Lamborghini, por sua vez, prometeu transformar o PA de São Pedro, que realiza cerca de 140 mil atendimentos por ano, em uma UPA nível 2. "Nós vamos transformar a unidade em uma UPA porte 2, não será 3 porque a estrutura não comporta".
Já o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) fez um balanço da gestão e relembrou que ao longo dos últimos anos a prefeitura ampliou o horário de funcionamento das unidades de saúde, o que possibilita que os moradores sejam atendidos perto de casa, sem a necessidade de se deslocarem a outros bairros. Destacou ainda que o projeto da nova UPA é fruto de diálogo com o legislativo municipal e com as comunidades.
"O desafio era produzir um projeto, era muito fácil pegar um projeto pronto, mas fomos para dentro das comunidades, ouvir a Câmara de Vereadores, as lideranças comunitárias e o conselho e construímos um projeto único no país. A cidade vai deixar de estar no mapa da vergonha, vai deixar de ser a única capital do país que não tem uma UPA", afirmou.
O empreendimento contará com 10 consultórios e 35 leitos para pacientes em observação e vai ofertar serviços de complexidade intermediária que, articulados com atenção básica, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e as portas de urgência hospitalares, vão compor a rede de urgência e emergência do município.
O projeto prevê um estabelecimento de suporte nível 3 – o maior e mais complexo nível para uma UPA – com dois pavimentos, rampas, elevadores para macas, área para pediatria com consultórios, local para inalação, medicação, sala de espera e acolhida, espaço para observação com leitos, consultórios para adultos também com espaço de espera, de medicação e inalação, além de leitos para observação e para isolamentos.
A estimativa da prefeitura é que a UPA mais que dobre a capacidade de atendimento na Capital, saindo de 125 mil pacientes atendidos por ano para 345 mil.
A UPA será construída no bairro Forte São João, em terreno localizado na esquina da Rua Desembargador José Vicente com a Avenida Vitória, próximo da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e do Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE).
A nova UPA atenderá pacientes acometidos por eventos agudos ou crônicos intensificados de natureza clínica e prestará atendimento inicial em casos cirúrgicos e de trauma, até a transferência e/ou encaminhamento a outros pontos de atenção, quando necessário.
Esses serviços serão ofertados 24 horas interruptamente por equipe multiprofissional composta por médico clínico, médico pediatra, médico-cirurgião, dentista, enfermeiro, técnicos/auxiliares de enfermagem, assistentes sociais, farmacêutico, auxiliar de consultório dentário, assistente administrativo, auxiliar de laboratório, assistente de farmácia, com possibilidade de atuação de outras categorias profissionais e especialidades médicas como: psicólogo, cardiologista e ortopedista.
A solicitação para a construção da primeira UPA de Vitória partiu da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e, em novembro de 2022, o primeiro estudo foi apresentado pela Secretaria Municipal de Obras. Em janeiro de 2023, técnicos das secretarias de Saúde e de Obras visitaram UPAs instaladas no estado de São Paulo e readequaram os estudos.
- Pronto-socorro: projetados para lidar com emergências graves, como acidentes e outras condições que requerem atenção médica imediata;
- Unidade Básica de Saúde (UBS): atendimento médico de rotina para pacientes menos graves e que não necessitem de atendimento imediato:
- Unidade de Pronto Atendimento (UPA): alternativa aos pronto-socorros, oferecem atendimento médico de emergência a pacientes que precisem de assistência imediata, mas que não necessariamente apresentam condições que ameacem suas vidas.
No período eleitoral, adversários do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) o criticaram por Vitória ainda não ter uma UPA.
No debate realizado pela TV Gazeta entre os dias 3 e 4 de outubro de 2024, a deputada Camila Valadão (Psol), então candidata a prefeita, questionou o prefeito, falando em R$ 76 milhões disponíveis do governo federal para a área da saúde que não teriam sido usados pela gestão.
O prefeito tinha se comprometido a iniciar as obras da primeira UPA da Capital e concluir a construção ainda no primeiro mandato.
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