A Secretaria Municipal de Saúde da Serra vai apurar uma denúncia feita pela família de um idoso de que uma servidora da unidade de saúde do Bairro de Fátima teria simulado a aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 no senhor, que tem 83 anos. O filho de João Bispo do Santos registrou ocorrência na Polícia Civil, mas foi informado de que terá que procurar o Ministério Público na próxima segunda-feira (5).
João foi levado pelo filho para ser imunizado com a segunda dose da vacina na tarde de quarta-feira (31) e filmou o momento. Ao chegar em casa, uma pessoa da família teria colocado o vídeo em câmera lenta e atentado que a servidora teria simulado a aplicação e, em seguida, "escondido a seringa" com as mãos. Desconfiados, a família foi até a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência.
O boletim consta que, ao entrar na sala de vacinação a servidora já estava com a seringa na mão, ou seja, João e o filho não viram a profissional colocando o imunizante na seringa. Diante das imagens, uma das filhas de seu João voltou com o pai à unidade, mas afirma que a diretora do posto de saúde se recusou a aplicar uma nova dose e não quis assistir ao vídeo.
A Secretaria de Saúde da Serra informa que ja está apurando a denúncia e, caso seja constatada alguma irregularidade, vai tomar as providências cabíveis.
A polícia afirma que o fato está "fora do âmbito de atribuições de investigação" da corporação e orientou os parentes do idoso a procurar o Ministério Público na segunda-feira. Procurada pela reportagem, a prefeitura informou que está apurando o caso e, se comprovada a irregularidade, "tomar as providências cabíveis".
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), afirma que a família deverá formalizar a denuncia pela ouvidoria e que "todas as manifestações relacionadas à campanha de vacinação estão sendo apuradas".
No Espírito Santo é lei: servidores que propositalmente não aplicarem a vacina em usuários do SUS deverão pagar uma multa de R$ 29 mil. O texto, em vigor desde o dia 29 de março, fixa que a os superiores hierárquicos também deverão ser responsabilizados caso fique comprovado uma ordem ou consentimento.
Ainda não há, no entanto, uma regulamentação da norma. O governo estadual respondeu, por nota, que tem 30 dias para publicar as regulamentações que devem apontar quem irá fiscalizar essas denúncias e como será a cobrança da multa. Até então, a ouvidoria da Sesa e o Ministério Público estão recebendo as manifestações.
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