A Procuradoria Geral de Itarana, município do Noroeste do Espírito Santo, ajuizou, na última sexta-feira (9), uma ação civil pública em face da Vivo, para solicitar o reestabelecimento imediato dos serviços de telefonia na região.
De acordo com o órgão público, cerca de 2500 pessoas que residem nas localidades de Alto Jatibocas, Santa Joana, Mata Fria e Limoeiro, situadas na zona rural da cidade, estão "na bronca" com a operadora. A causa é a ausência de sinal de celular, que, de acordo com a Procuradoria Geral do município, está interrompido desde o dia 3 de agosto.
Em conversa com A Gazeta, o procurador do município, Carlos Eduardo Holz, responsável por apresentar a ação civil, disse que os moradores da região de Alto Jatibocas, por exemplo, sequer conseguem ligar para a operadora para reclamar da situação.
"Alguns moradores, inclusive, estão se deslocando para o centro da cidade ou cidades vizinhas, para conseguirem ligar para a Central de Atendimento da operadora", afirmou o procurador.
Consta na ação civil pública, o qual a reportagem de A Gazeta teve acesso, que a ausência de sinal tem prejudicado não apenas os moradores, como também o funcionamento de escolas, unidades de saúde, empresas, consumidores e trabalhadores rurais.
Segundo o documento, a ausência de sinal também tem impactado na produção das empresas e no atendimento a clientes e fornecedores.
"Os agricultores, que dependem do contato constante com fornecedores e compradores para garantir a venda de seus produtos e a aquisição de insumos, estão vendo seus negócios serem comprometidos. Sem o acesso à telefonia e à internet, eles não conseguem negociar preços, fechar acordos ou resolver questões logísticas de transporte e entrega, o que pode resultar em perdas financeiras significativas", cita o documento.
A interrupção do serviço tem, ainda, causado prejuízos ao próprio município que "enfrenta dificuldades em se comunicar com suas diversas unidades, especialmente as que estão mais afastadas do centro urbano, o que compromete a eficiência na prestação de serviços públicos essenciais, como saúde, educação e segurança."
A reportagem demandou a operadora Vivo para esclarecimentos sobre os casos mencionados. A operadora informou que não comenta ações judiciais em curso.
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