A versão inicial desta matéria, que tinha como título "Prefeitura manda quiosque remover piscinas e ofurôs da Praia de Camburi", trazia erroneamente que a empresa foi notificada a retirar as piscinas que estavam na área construída do estabelecimento. Mas, na verdade, a notificação para retirada emitido pelo município se refere apenas aos ofurôs e bangalôs. Segundo a prefeitura, as piscinas foram construídas sem autorização, mas que a situação está em análise na Companhia de Desenvolvimento. O título e o texto foram corrigidos.
O beach club internacional TantraVitória, inaugurado no fim de 2023 na orla da Praia de Camburi, em Vitória, terá que remover os ofurôs e deques de madeira em sua estrutura na areia. Segundo a Companhia de Desenvolvimento Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV), as estruturas estão atrapalhando os banhistas que circulam pela orla.
As três piscinas que fazem parte da área construída do estabelecimento também estão em análise. O órgão explica que a empresa não tinha autorização para essas instalações, pois o projeto da obra não tinha sido aprovado pela prefeitura.
Fruto de uma junção dos quiosques 10 e 11 (citados como 27 e 28 no documento da prefeitura), o TantraVitória tem cerca de mil metros quadrados de área construída, além de 500 metros quadrados de estrutura na areia, entre lounges, bangalôs, espreguiçadeiras e mesas com ombrelone.
Segundo a CDTIV, em janeiro de 2024, foi emitido um relatório que constatou a utilização indevida da faixa de areia “em desacordo com o plano de ocupação estabelecido para a área”.
De acordo com o órgão, foram identificados itens que configuram ocupação indevida do espaço público da praia:
O principal problema, segundo a CDTIV, seria a obstrução da circulação de pedestres. Com isso, o órgão notificou a Ecos Eventos, empresa concessionária responsável pelos quiosques na Orla de Camburi, solicitando a retirada dos objetos em questão.
“É importante ressaltar que, de acordo com o plano de ocupação e contrato vigente, apenas são permitidos na faixa de areia: mesas, cadeiras e ombrelones, os quais devem ser colocados conforme a demanda e retirados no final do expediente”, divulgou a CDTIV.
Procurada pela reportagem de A Gazeta, a Ecos Eventos afirmou que a construção do TantraVitória foi concluída “ocupando uma área degradada da orla, gerando emprego, renda e entretenimento”.
Diante da notificação da CDTIV, a concessionária sinalizou que tem uma reunião marcada com os órgãos competentes, para que haja um entendimento mais claro sobre os limites de uso dos quiosques.
“Vale lembrar que o mobiliário em questão não é fixo. Ele pode ser retirado sem obras. E mais: pelo Plano de Ocupação aprovado, o Tantra pode ocupar 1100 m² de área de areia, respeitando a área de restinga. Portanto, não há que se falar ainda em multa. Acompanhamos o caso de perto e estamos cientes da notificação. Por isso, vamos dialogar nos próximos dias, de modo que a beleza da cidade seja respeitada, mas que o aproveitamento da orla também siga sendo feito de forma correta e gerando os ganhos que tem gerado para a cidade: uma orla mais viva, com menos insegurança, e muitos quiosques levando opções de gastronomia e lazer de forma democrática”, disse a Ecos por meio de nota.
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