Duas professoras, vítimas do ataque a escolas registrado na última sexta-feira (25) em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, receberam alta hospitalar. Após ficarem internadas por três dias, Priscila Queiroz Marques, de 40 anos, e Bárbara (não teve sobrenome e idade divulgados) deixaram o Hospital São Camilo, no mesmo município, na manhã desta segunda-feira (28). A informação foi divulgada pela unidade, por meio das redes sociais, por volta das 10h.
O vídeo registrado por uma funcionária mostra quando as professoras deixam o hospital, em meio a uma homenagem feita por pessoas que aguardavam na porta. Ambas aparecem em cadeiras de rodas, com o braço direito envolto por uma tipoia – espécie de faixa que serve para imobilizar e dar suporte ao membro.
Ao som de uma música de superação, as vítimas recebem flores e balões. Além de beijos e abraços de quem estava no hospital. "Meu Deus é o único que dá oportunidade para a gente estar aqui comemorando. Temos que agradecer e nos solidarizar às outras famílias", diz uma pessoa não identificada.
Sem divulgar a identidade dos pacientes internados devido à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) divulgou um novo boletim nesta segunda-feira (28), a respeito do estado de saúde das vítimas do ataque em Aracruz. Veja abaixo o detalhamento:
A estudante que apresentou a piora recentemente chama-se Thais Pessotti da Silva. Ela foi atingida por um tiro no crânio e socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Até a noite desse domingo (27), a aluna estava com um quadro de saúde considerado "grave".
Na própria sexta-feira (25), ainda no local do crime, três pessoas perderam a vida: duas professoras e uma estudante. Depois, durante a tarde, a quarta vítima, também docente, faleceu. Ela chegou a passar por uma cirurgia no Hospital Estadual Doutor Jayme dos Santos Neves, na Serra, mas não resistiu.
As vítimas que faleceram foram identificadas como:
Na manhã de sexta-feira (25), ataques foram feitos no bairro Coqueiral de Aracruz, no Norte do Estado. Segundo a prefeitura local, os suspeitos fizeram vítimas na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti e no Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC).
Câmeras internas do circuito de segurança do colégio particular mostram o criminoso entrando na escola com uma roupa camuflada, uma máscara no rosto e uma arma em punho. Toda a ação dura cerca de um minuto. Em seguida, ele foge em um carro dourado. Veja:
Filho de um policial militar, o adolescente de 16 anos é ex-aluno na Escola Primo Bitti e afirmou que agiu motivado por bullying sofrido no local. Investigações apontam ligação dele com o nazismo. Após o ataque, ele voltou para casa e almoçou normalmente. Ele foi preso na própria sexta-feira (25).
Até o momento, os tiros dados pelo adolescente deixaram quatro mortos e 12 feridos, entre estudantes e professores. Além das cinco pessoas que seguem internadas e das duas que tiveram alta nesta segunda-feira (28), as demais vítimas foram atendidas e liberadas no próprio dia do ataque.
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