A greve na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) continua. Após realização de uma assembleia-geral na tarde desta sexta-feira (21), a Associação dos Docentes da Ufes (Adufes) decidiu manter a paralisação, iniciada no dia 15 de abril, por considerar as propostas do governo federal insuficientes para a categoria.
Por meio de nota, a entidade afirma que não irá assinar o acordo e alega que muitas das propostas governamentais recebidas não estão documentadas. Por isso, não haveria garantias do cumprimento do que foi prometido.
“O posicionamento foi enviado ao Andes-SN, que é o Sindicato Nacional do qual a Adufes é uma seção, para que seja avaliado junto com as decisões de professores de dezenas de universidades federais de todo o país”, completa a nota.
Já a categoria dos servidores técnicos-administrativos, representada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Ufes (Sintufes), se reuniu na manhã desta sexta-feira (21) e ratificou a orientação da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) para manter manter a paralisação.
Na reunião, foi construído um ofício, protocolado no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), que pede melhorias na proposta do governo, entre elas, o aumento nos “steps” (progressão de carreira), escalonado até 4,5%, e ajuste salarial de 4% em 2024, 9% em 2025 e 9% em 2026.
Após negociações e a intensificação da greve, o governo federal apresentou uma proposta para os técnicos-administrativos de reajuste de 9% em janeiro de 2025, 5% em abril de 2026 e aumento dos "steps" (progressão de carreira) de 3,9% para 4% em janeiro de 2025 e de 4% para 4,1% em abril de 2026.
Já para os docentes, a proposta do governo é de reajuste salarial de 9% para 2025 e de 3,5% para 2026. A oferta inicial era de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026.
Com a greve mantida, a categoria espera que seja realizada mais uma rodada de negociações com o governo federal com o intuito de melhorar a proposta atual. Com base no resultado das próximas negociações, serão realizadas novas assembleias para decidir novamente se a paralisação permanece, ou se chegará ao fim.
A versão inicial desta matéria informava que o Sintufes havia realizado reunião com o Comando Nacional de Greve (CNG). Entretanto, a reunião, realizada na última sexta-feira (21), foi com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra). O texto foi corrigido e atualizado.
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