A alteração do tipo de vacina contra a Covid-19, prevista nas aplicações das doses, dando prioridade para outro laboratório, poderá ser caracterizada como falta grave de qualquer profissional de saúde. Uma norma com regras sobre o assunto será publicada nos próximo dias, segundo informou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.
“Iremos publicar norma, mais clara e mais dura, sobre a disciplina que deve ocorrer entre os servidores no cumprimento da Dose1 e da Dose2, que devem ser da mesma marca. Será caracterizado falta grave por parte de qualquer profissional de saúde a troca do fabricante da vacina”, disse o secretário em coletiva na tarde desta segunda-feira (03).
Segundo Nésio, foi observado um movimento da população querendo ser imunizada com vacinas de alguns laboratórios. “Já observamos um certo movimento da população de pessoas imunizadas com outra vacina na primeira dose e que está querendo tomar a da Pfizer na segunda dose. Isso não é possível. No Plano Nacional de Imunização, não existem evidências de segurança, e a troca da segunda dose ira comprometer a vacinação de outro cidadão", ressalta Nésio.
Ele destacou ainda que a vacinação, neste momento, tem o objetivo de prevenção primária. “A vacinação é uma medida de prevenção primaria, para alcançar a imunização da população, não de proteção individual. Com a troca de laboratório, é possível comprometer a imunidade coletiva”, destacou.
No Espírito Santo, 24 pessoas tomaram a primeira dose de Coronavac e a segunda de Astrazeneca, enquanto 499 foram imunizadas primeiro com a Astrazeneca e depois com a Coronavac.
Em coletiva no último dia 23, o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, falou sobre o problema, informando que a situação já está sendo averiguada junto aos municípios, responsáveis pela aplicação da vacina.
A princípio, segundo ele, há um indicativo que pode ter havido troca do registro de fabricantes nas doses, mas que, após a conclusão da apuração, será divulgada uma nota técnica pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
No Brasil o protocolo nacional estabelece que os vacinados de grupos prioritários devem receber o imunizante disponível no posto no dia da vacinação (sem possibilidade de escolha). Na segunda dose, o fabricante precisa ser mantido. Coronavac e Astrazeneca são as únicas vacinas disponíveis contra a Covid-19. E nesta semana chegou ao Estado doses da Pfizer, mas somente para a Capital.
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