Repórter / jbarbosa@redegazeta.com.br
Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 15:22
Capixabas que têm problemas de visão por causa da diabetes agora podem participar de um programa que estuda tratamentos para a enfermidade e seus impactos na visão. A equipe do projeto está fazendo a seleção de moradores de todo o Espírito Santo interessados, principalmente, na remissão da retinopatia diabética, doença que causa lesões na retina, prejudicando a visão e levando até mesmo à cegueira.
No Brasil, o Espírito Santo é um dos polos que contam com ações similares há pelo menos dez anos e, segundo o médico, a nova fase do programa no Estado envolve a realização de pesquisas com métodos inovadores que aliam esforços de instituições de saúde de vários países.
“Vitória está dentro de um circuito muito privilegiado. Conseguimos trazer quatro estudos clínicos sequencialmente, que são os mais avançados do mundo na área de oftalmologia. O primeiro deles é para tratar a retinopatia diabética, que leva o diabético a perder a visão”, disse o oftalmologista Laurentino Biccas, um dos coordenadores do projeto, em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo, da TV Gazeta, na manhã desta segunda-feira (10).
A novidade, segundo o médico, faz parte de um tratamento de extrema importância para a saúde dos diabéticos. A linha de pesquisa, apesar de nova, já se mostra extremamente segura na avaliação de especialistas.
Laurentino Biccas
Médico oftalmologistaAtualmente, enquanto os capixabas já podem se inscrever no programa, o estudo aguarda a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que as aplicações dos remédios nos pacientes comecem de forma efetiva.
➤ Para participar, os interessados podem entrar em contato pelos seguintes telefones: (27) 2125-0204 e (27) 2125-0232, pelos quais vão falar com agentes do Cedoes Pesquisa e Diagnóstico, instituição que coordena o estudo.
Para democratizar o acesso ao tratamento, o programa recebe desde pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) a pessoas que possuem planos de saúde. Além do Brasil, os materiais ligados aos medicamentos são testados nos Estados Unidos e na Austrália, por exemplo.
"Agora, é preciso que a gente teste e aplique em populações maiores, para ver se a diversidade étnica e territorial pode influenciar na resposta ao tratamento. É isso que precisamos fazer para que a droga seja finalmente comercializada”, explica Laurentino, salientando que as doses dos remédios, que são ofertados de forma gratuita no programa, podem variar de R$ 5 mil a R$ 30 mil por aplicação.
“Quem é selecionado após o contato conosco recebe tratamento gratuito, sendo submetido a exames técnicos rigorosos, monitorados de perto pelos profissionais envolvidos”, complementa o oftalmologista, sinalizando, ainda, que o programa atual não tem limite para inscrições e que o critério principal é a disponibilidade dos pacientes para exames mensais.
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