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Protesto de pais de alunos de escolas municipais pede volta às aulas no ES

Protesto de pais de alunos de escolas municipais pede volta às aulas no ES

Movimento pretende dialogar com as prefeituras para que seja garantido o retorno às aulas presenciais em 2021

Publicado em 5 de dezembro de 2020 às 13:13

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Grupo saiu às 9h30 da Praça do Papa, em Vitória
Grupo de pais protesta pela volta às aulas na rede pública. (Samantha Bravo Nazar)

Um grupo de pais se reuniu na Praça do Papa, em Vitória, na manhã deste sábado (05), e realizou um protesto em carreata pedindo pela volta às aulas nas escolas públicas municipais do Espírito Santo. Segundo a organizadora, a engenheira Samantha Bravo Nazar, de 36 anos, o movimento pretende dialogar com os governos municipais para que seja garantido o retorno às aulas presenciais em 2021.

As aulas presenciais nas redes municipais de ensino da Grande Vitória estão suspensas desde março, em função da pandemia do coronavírus. As prefeituras têm aplicado atividades remotas e já descartaram retorno em 2020.

De acordo com Samantha Bravo Nazar, que é engenheira e mãe, existe a preocupação de não haver vacina para a Covid-19 em tempo hábil, gerando prejuízo às crianças.

"As crianças não serão prioridade na vacinação, então não dá para esperar. Elas não têm mais condições de ficar em casa, não têm mais saúde mental. Sem contar que há alunos precisando da alimentação fornecida pelas escolas. Algumas não estão conseguindo fazer aulas online, inclusive tem família sem acesso à internet", afirmou.

O grupo defende que a volta às aulas com protocolos de segurança recomendados seria segura já que as crianças não fazem parte do grupo de risco da Covid-19. O protesto, que estava previsto para iniciar às 9h30, seguiu em carreata pela orla do município de Vitória.

"Somos uma associação dos pais que está se formando agora, o 'Grupo de pais pela educação', uma organização que está se formando no Brasil inteiro. Tivemos uma carreata cerca de duas semanas atrás e isso mobilizou o governador a autorizar o retorno das aulas. As particulares voltaram, mas agora estamos brigando pelas escolas públicas municipais. Somos aproximadamente 15 carros hoje (sábado), mas somos mais de 130 pais no total e temos um abaixo-assinado pela causa com mais de 500 assinaturas", explicou.

Grupo saiu às 9h30 da Praça do Papa, em Vitória
Grupo de pais protesta pela volta às aulas na rede pública. (Samantha Bravo Nazar)

Acionada pela reportagem, a Polícia Militar informou que acompanhou a manifestação na manhã deste sábado e que o protesto foi encerrado por volta das 11h30. 

O OUTRO LADO

Vitória

A Secretaria Municipal de Educação de Vitória (Seme) informou, em nota, que já está com as escolas com todas as condições físicas necessárias para o funcionamento presencial, inclusive com o protocolo educacional já produzido. "As escolas foram inseridas na plataforma que o Estado fez com todo o ambiente de segurança. A Seme informa ainda que todos os itens e Equipamentos Individuais de Proteção e Segurança, que são os EPIs, já estão com atas fechadas para entregar para todos os profissionais", afirmou.

Cariacica

Demandada pela reportagem, o município de Cariacica informou, por meio de nota, que a previsão é de retomada do calendário normal presencial em 2021 seguindo todas as normas e orientações dos órgãos de saúde. Apesar disso, destacou que o responsável pela definição sobre o retorno é o governo do Estado e que caso, em fevereiro, ainda não esteja acontecendo a vacinação da Covid-19, as aulas voltarão em sistema de rodízio.

Além disso, a Prefeitura de Cariacica afirmou que desde o dia 5 de outubro os alunos podem assistir às aulas pela televisão aberta. A respeito do argumento dos pais de que algumas crianças ficariam sem a alimentação que lhe eram garantidas pela escola, o município informou que a Secretaria Municipal de Educação (Seme) está distribuindo kits merenda para os 47.782 alunos matriculados da Educação Infantil à Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Vila Velha

Em nota, o município de Vila Velha informou que entre o final do primeiro semestre e o início do segundo semestre, a comunidade escolar dialogou com a Prefeitura/Secretaria Municipal de Educação-Semed. "Sob forma democrática, a maioria dos pais, responsáveis, sindicatos, associações e profissionais da Educação decidiram para que as aulas presenciais sejam retomadas apenas quando uma solução efetiva seja dada para a pandemia do novo Coronavírus. A atual gestão trabalha pela defesa da saúde dos alunos, familiares e profissionais da área. A PMVV/Semed entende que quem comete abuso contra alguma criança deve ser investigado pelas autoridades policiais e ser tratado sob o que determina a legislação/Justiça", iniciou o posicionamento.

Além disso, a PMVV informou que disponibiliza desde o início da pandemia o site www.conectadosdavila.com.brwww.conectadosdavila.com.br e material impresso para as crianças que não possuem acesso à internet. A Semed, por meio do Programa Saúde na Escola, disponibiliza também acesso a orientação psicológica para alunos, pais/responsáveis e profissionais da Rede Municipal de Ensino. "Até o dia 31 de dezembro, conforme foi pactuado pela maior parte da comunidade escolar de Vila Velha, as aulas presenciais estarão oficialmente suspensas nas 102 Unidades geridas pela PMVV/Semed, conforme definição democrática acatada pela atual gestão. À futura administração caberá tomar decisões relativas ao ano letivo de 2021", acrescentou.

Serra

A Secretaria Municipal de Educação da Serra (Sedu) informou, por meio de nota, que a previsão de retorno às aulas é em 2021. A Sedu disse que acompanha o cenário da Covid-19 e que poderá adotar o modelo híbrido ou remoto, dependendo da análise epidemiológica do momento.

A Secretaria também destacou que está discutindo as metodologias junto com o Conselho Municipal de Educação. "Até o início do período letivo de 2021, todos os esforços estão voltados à adequação das unidades de ensino para receber os alunos, bem como à elaboração de planos estratégicos para avançar na utilização de ferramentas digitais que vão potencializar a realização do ensino no ano que vem", explicou o posicionamento do município.

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