Os moradores de Guarapari estão sem transporte público desde a manhã desta segunda-feira (7). Trabalhadores da viação Expresso Lorenzutti estiveram na porta da empresa, onde fizeram reivindicações salariais e impediram a saída dos ônibus. No início da noite, a assessoria jurídica da empresa confirmou à reportagem de A Gazeta que a paralisação ainda ocorria na cidade e os coletivos seguiam sem rodar.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, trabalhadores aparecem em frente ao portão da garagem da empresa e afirmam que, embora cumpram com as obrigações, os funcionários estão sem receber salário.
"A gente está aqui se manifestando pelo direito de receber. A gente está parecendo palhaço aqui, todo mundo trabalha direitinho, cumpre com os seus horários, com os seus deveres, e nada de receber. A Justiça determina uma coisa, mas não é a realidade que a gente está passando. Tem colega aqui passando fome, que a gente faz vaquinha para poder ajudar. Tem gente passando necessidade", reclama um trabalhador no vídeo.
Em nota enviada a reportagem de A Gazeta, a Expresso Lorenzutti informou que a empresa foi surpreendida na manhã desta segunda-feira (7) por um movimento ilegal, visto que a empresa tem realizado reuniões com o sindicato da categoria e buscado solucionar a regularização dos salários.
"A empresa não tem medido esforços para regularizar a situação. Inclusive, na sexta-feira (dia 04/06/2021), quitou 100% do salário referente ao mês de abril, restando pendente apenas a parcela do acordo deste mês e os 50% referente ao mês de março justamente com relação aos dias paralisados", diz a nota.
A empresa afirma ainda que o atraso no pagamento dos salários é decorrente das "medidas restritivas impostas pelo Poder Público em razão da pandemia da COVID-19 e os 21 dias de paralisação total do serviço por força dos Decretos Estaduais nº 4848-R, nº 4859-R e nº 4866-R".
"As tratativas entre a empresa e o Sindicato continuam. O Município deverá se manifestar até o próximo dia 11/06/2021 e uma nova audiência será realizada no dia 18/06/2021 perante o Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região. A empresa e sua diretoria sempre se colocaram à total disposição dos funcionários para conversar abertamente.", encerra a nota.
O movimento se estendeu por todo o dia. O texto foi atualizado.
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