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Protesto fecha Estrada de Ferro Vitória a Minas em Baixo Guandu

Protesto fecha Estrada de Ferro Vitória a Minas em Baixo Guandu

Manifestantes pedem indenização pelos impactos causados por rompimento da barragem da Samarco (que pertence à Vale), em 2015. Circulação de trem está suspensa nos dois sentidos entre Cariacica (ES) a Barão de Cocais (MG)

Publicado em 16 de março de 2022 às 19:28

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Estrada de ferro Vitória a Minas é interditada por manifestantes em Baixo Guandu
Estrada de ferro Vitória a Minas é interditada por manifestantes em Baixo Guandu. (Leitor | A Gazeta)

Um protesto interditou a Estrada de Ferro Vitória a Minas em Baixo Guandu, no Noroeste do Estado, na tarde desta quarta-feira (16). Os manifestantes pedem indenização pelos impactos causados pela tragédia do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em Minas Gerais, que era da Samarco (mineradora da Vale e BHP). A tragédia ocorreu em novembro de 2015. Por conta da manifestação, a circulação do trem de passageiros no sentido Barão de Cocais (MG) - Cariacica (ES) precisou ser interrompida.

A Vale informou que está tomando as medidas necessárias para garantir que todos os passageiros cheguem aos seus destinos. Por nota, a mineradora afirmou que o diálogo com as comunidades está sendo conduzido pela Fundação Renova, criada para gerir e executar as ações de reparação às pessoas afetadas pelo rompimento da barragem.

Manifestantes pedem indenização pelos impactos causados em 2015 pelo rompimento da barragem de Fundão, da Samarco. (Leitor | A Gazeta)

A empresa informou que a suspensão da circulação do trem será mantida nesta quinta-feira (17) nos dois sentidos, incluindo o de Cariacica a Barão de Cocais (MG). 

Os passageiros que não conseguirem embarcar podem remarcar o bilhete ou pedir o reembolso do valor investido na compra da passagem no prazo de até 30 dias. Mais informações podem ser solicitadas por meio do Alô Ferrovias 0800 285 7000 ou WhatsApp (27) 99503-5918.

A reportagem tenta contato com os manifestantes.

Manifestantes em Baixo Guandu ocupam trecho da estrada de ferro.
Manifestantes em Baixo Guandu ocupam trecho da estrada de ferro. (Leitor | A Gazeta)

O QUE DIZ A FUNDAÇÃO RENOVA

Por nota, a Fundação Renova informou que está realizando um processo de atualização dos dados de cadastramento no auxílio pago aos impactados para quem ainda não comprovou os danos, e que, somente em Baixo Guandu, 7.600 pessoas já receberam o auxílio. Veja a nota na íntegra:

“A Fundação Renova esclarece que considera legítima qualquer manifestação popular, coletiva ou individual e reafirma que possui o diálogo como prática norteadora de suas ações.

A Renova informa ainda que iniciou o processo de atualização de dados para correção de pagamentos do Auxílio Financeiro Emergencial (AFE) a pessoas que não comprovam perda de renda e interrupção das suas atividades produtivas e econômicas decorrentes diretamente do rompimento da barragem de Fundão.

Para isso, solicitou a apresentação de documentos que comprovam o dano àquelas pessoas que até o momento não o fizeram. Caso a pessoa não apresente os documentos dentro do prazo de 30 dias a partir do recebimento/conhecimento da comunicação, o pagamento do seu Auxílio Financeiro Emergencial será cessado.

A documentação solicitada deve ser enviada por meio do Fale Conosco, do Portal do Usuário, por meio da aba de manifestações, ou nos CIAs (Centros de Informação e Atendimento).

Quanto aos Lucros Cessantes, as pessoas que têm direito serão informadas sobre os pagamentos diretamente pela Fundação Renova.

Até janeiro de 2022, foram pagos R$ 20,2 bilhões nas ações de reparação e compensação. Desse valor, R$ 8,73 bilhões foram destinados ao pagamento de indenizações, incluindo lucros cessantes e auxílios financeiros emergenciais para cerca de 368,5 mil pessoas.

Em Baixo Guandu, até janeiro deste ano, foram pagos R$ 667 milhões em indenização e Auxílios Financeiros Emergenciais (AFE's) para mais de 7.600 pessoas.”

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