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'Prova seria teste', diz jovem barrado no Enem por falta de documento no ES

'Prova seria teste', diz jovem barrado no Enem por falta de documento no ES

Candidato perdeu carteira de identidade em assalto e levou boletim de ocorrência ao local da prova, mas não foi autorizado a fazer exame

Publicado em 13 de novembro de 2022 às 18:20

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura
Atilio Esperandio*
Curso de Residência em Jornalismo / [email protected]

O jovem Bernardo Alves, de 17 anos, não conseguiu fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (13). Ele contou que foi assaltado em março deste ano, ficando sem a carteira de identidade, além de outros pertences. O candidato foi ao local de prova, em Jardim Camburi, Vitória, com a carteira de trabalho digital e o boletim de ocorrência com o registro do assalto. Mesmo assim acabou impedido de participar do exame por falta da documentação que é exigida dos participantes.

Atílio Esperandio
Bernardo Alves exibe boletim de ocorrência que não foi aceito no local de prova. (Atílio Esperandio)

O candidato contou que entrou com o pedido de um novo documento em julho. Mas a carteira de identidade acabou não ficando pronta a tempo da prova, mesmo tendo um prazo estimado de 50 dias para a confecção. Apesar da tristeza com a situação, Bernardo não pretende recorrer contra a barração. "Essa prova seria apenas como teste. No ano que vem, tento para valer", disse.

De acordo com o edital do Enem, para a identificação os participantes devem apresentar documentos originais, com foto. Entre as identificações aceitas estão a carteira de identidade, a carteira nacional de habilitação (CNH), o passaporte e a carteira de trabalho, desde que emitida após 27 de janeiro de 1997. Também são aceitos os documentos digitais e-Título, CNH digital e RG digital, desde que apresentados nos respectivos aplicativos oficiais. A carteira de trabalho digital, apresentada por Bernardo, não consta na lista permitida.

O boletim de ocorrência sobre o assalto, mencionando a perda da carteira de identidade, não teria sido aceito pelos fiscais do Enem, de acordo com o jovem, em função da validade. 

“Eles alegaram que o boletim tem que ter validade máxima de 90 dias (três meses)”, disse Bernardo, que registrou a ocorrência na polícia em março, portanto há oito meses. "Não consegui fazer a prova porque eu não tinha RG, mas tinha documento. Eu tinha um e-título, que não tem a foto tirada na biometria; e a carteira de trabalho digital, que não é válida como documento”.

Já em casa, com a família, Bernardo disse à reportagem que agora vai relaxar, antes de se preparar para o Enem de 2023.

"Agora já passou. Pesquisei os documentos que levar antes de ir ao local de prova. Quero tentar Medicina e este ano a prova seria para testar meus conhecimentos. Ano que vem vou estar mais preparado e com todos os documentos em mãos", afirmou o candidato.

Atilio Esperandio é aluno do 25º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta. Este texto foi produzido sob supervisão de Juirana Nobres, editora do g1 ES, e Weber Caldas, editor de A Gazeta

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