Com início nesta quinta-feira (18), a quarentena no Espírito Santo tem duração prevista de 14 dias, mas pode ser prorrogada caso a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) continue acima de 90% – e, se houver uma piora no índice, as medidas socioeconômicas podem ser ainda mais duras.
Os possíveis panoramas para daqui cerca de duas semanas foram revelados pelo secretário estadual de governo Gilson Daniel, em entrevista ao Papo de Colunista desta quarta-feira (17). No entanto, ele destacou que o Governo do Estado acredita que os números da pandemia terão melhorado ao final do período.
Apesar de demonstrar conhecimento dos impactos econômicos, ele explicou que o momento se impôs e que o objetivo principal é salvar vidas. "As medidas que foram publicadas foram mais um aperto. Se houver necessidade, vamos apertar mais, porque a nossa meta é não faltar leitos e evitar que as pessoas morram", disse.
"O Governo seguiu a ciência desde o início da pandemia. Nos próximos dias, nós vamos acompanhar os números no Espírito Santo e no Brasil. Não podemos ter medo de fazer o que é certo, de adotar medidas a favor da vida. Se tiver que fechar (mais) para evitar uma morte, vamos fechar", completou Gilson Daniel.
Para tentar atingir o objetivo da quarentena, o secretário reforçou o pedido de colaboração aos capixabas. "Temos que ter o apoio. Precisamos que a sociedade entenda a necessidade da utilização das máscaras, da higienização das mãos e da não aglomeração. É um apelo que nós temos feito", afirmou.
Algumas definições a respeito do que poderá ou não funcionar nos próximos 14 dias ficou a cargo dos municípios, é o caso das feiras-livres, por exemplo. No entanto, a maior parte das determinações já foram definidas pelo Governo do Estado e precisam ser cumpridas pelas prefeituras capixabas.
"Acreditamos que teremos o apoio de todos os prefeitos. O prefeito tem que organizar o trabalho com base nesse decreto. O que o prefeito pode fazer é aumentar as restrições do decreto, mas não pode falar que vai abrir o comércio, porque ele estará indo de encontro à legislação", esclareceu o secretário Gilson Daniel.
No entanto, caso esse apoio não seja verificado, ele garantiu que os episódios de descumprimento podem ser levados à Justiça. "O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) vai atuar no cumprimento desse decreto. O prefeito que não atender pode sofrer sanções, um processo de improbidade", alertou.
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