Vão ser necessários pelos menos mais 15 dias para se ter uma avaliação mais precisa dos reflexos da quarentena adotada por decreto estadual para conter o acirramento da pandemia do novo coronavírus no Espírito Santo. Mas os indicadores já apontam para uma “leve desaceleração” no surgimento de novos casos graves da doença que demandam leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) e de enfermaria, informou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.
“Estamos apresentando no Espírito Santo, desde o dia 25 do mês passado, o início de uma estabilização alta de casos, com uma pequena desaceleração na curva do gráfico de novos casos graves que demandam leitos de UTIs e de enfermaria. Mas ainda é precoce afirmar que já alcançamos o teto. Devemos ter resultados mais concretos daqui a uma quinzena, com a expectativa de queda de casos e internações, e a estabilização no número de óbitos”, explicou o secretário
Até lá, explica Nésio, nós ainda devemos ter uma variação de óbitos diários muito próximo do que foi registrado na última semana. “O comportamento dos óbitos deverá ser próximo ao da última semana, com variação de 15 a 20%. Só na próxima quinzena, quando olharmos para trás é que identificaremos o comportamento dos casos, internações e a estabilização dos óbitos, que é o indicador mais tardio a ser refletido diante de qualquer medida tomada para avaliar a pandemia”, explicou.
Outro reflexo positivo da quarentena foi a redução, desde a semana passada, no volume de internações de casos não relacionados à Covid-19. São as situações de traumas, por exemplo, muito impactadas pela redução do tráfego nas vias municipais. “Houve uma redução grande internação de casos não Covid-19, consequentes da quarentena”, acrescentou Nésio.
Mas ele alertou que o número de internações nos hospitais públicos do Estado ainda continua elevado e em crescimento. Nesta segunda-feira (05), a taxa de ocupação de leitos hospitalares era de 94,99%. Dos 958 leitos de UTI exclusivos para a Covid-19, 897 estavam ocupados, com apenas 61 disponíveis. "Ainda temos um conjunto de pacientes que adoeceram em decorrência do contágio e que ainda demandam, pressionam o sistema de saúde", explica.
Nesta segunda-feira (05), segundo Nésio, um total de 93 pacientes estava sendo atendidos para avaliação de internação em um leito hospitalar, seja de UTI ou enfermaria. Cinco deles estavam na fila enquanto outros 88 estavam sendo atendidos pelo Samu.
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