O inquérito policial que investigava uma possível intoxicação em massa de cães em bairros de Vitória, com casos registrados principalmente em junho deste ano, foi arquivado. Houve apuração dos supostos envenenamentos por parte da Polícia Civil e do Ministério Público do Espírito Santo, sendo que este constatou "ausência de autoria" e de "materialidade do crime".
Na época, houve relatos de animais doentes por causas desconhecidas nos bairros Jardim da Penha, Bento Ferreira, Mata da Praia e Praia do Canto, próximo à Praça dos Namorados. Tutores afirmavam que, após os passeios, os pets rapidamente apresentavam alguns sintomas, como desmaios, vômitos e tremores. Vários veterinários indicaram ao site A Gazeta que vinham atendendo pacientes com o diagnóstico de intoxicação.
Quase quatro meses depois, a Polícia Civil informou que, durante as investigações, não foi possível localizar nenhum tutor desses cachorros supostamente envenenados. "Um ofício foi enviado à Secretaria de Meio Ambiente de Vitória (Semmam) solicitando informações e provas técnicas de vestígios de veneno ou outras substâncias. Foi informado que após varredura nos locais indicados, nenhuma substância foi encontrada", destacou.
A corporação também alegou que o relatório da Semmam foi anexado aos autos, juntamente com o relatório da autoridade policial. O inquérito, no entanto, foi remetido ao Ministério Público Estadual, com a sugestão de que houvesse o arquivamento até o surgimento de novas provas.
Acionada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) reforçou que respondeu prontamente o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) com as informações solicitadas sobre o caso. Cientes do caso, técnicos visitaram os locais apontados por moradores, observaram e analisaram as áreas ajardinadas, mas não encontraram substâncias que pudessem prejudicar a saúde dos animais.
"As áreas verdes da capital contam com tratamento fitossanitário, por meio de produtos inspecionados e liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não possuindo potencial de causar mal súbito em animais domésticos. Os produtos utilizados são monitorados por técnicos e engenheiros da secretaria", pontuou a pasta, em nota.
A Semmam também ressaltou que não houve registros de chamados abertos por moradores nos canais oficiais da Prefeitura de Vitória sobre os casos relatados e, por esse motivo, reforçou a importância de se registrar as ocorrências por meio do Fala Vitória 156.
"O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Cível de Vitória, informa que instaurou procedimento para apurar os fatos e, para tanto, requereu informações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) e da Prefeitura Municipal de Vitória. Em resposta, foi informado que as áreas jardinadas do local foram observadas e analisadas, não sendo encontradas substâncias que pudessem prejudicar a saúde dos animais. Diante disso, o Inquérito Policial que tramitava na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente foi arquivado, em razão da ausência de autoria e materialidade do crime"
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