O governo do Estado acabou com a obrigação de usar máscaras em ambientes fechados e abertos. Entretanto, mesmo com os últimos dados mostrando que os números da pandemia diminuíram, especialistas aconselham o uso principalmente em ambientes fechados. Afinal, como fica a transmissão do vírus em um ambiente com pessoas com e sem o equipamento?
De acordo com a infectologista da Unimed Vitória Ana Carolina D'Ettorres, as máscaras continuam sendo uma estratégia muito eficaz no combate à Covid, bem como a outras doenças de transmissão respiratória, como gripe, resfriado comum e até mesmo tuberculose. Dessa forma, para aqueles que se sentem mais seguros mantendo o uso de máscara, não há nenhum motivo para abandonar essa prática.
“Devemos lembrar que a Covid-19 é uma doença dinâmica, que a tendência é cada vez ter menos casos, mas é possível em algum ponto haver aumento de casos e essa decisão de não obrigatoriedade de máscaras ser repensada.” afirma.
Ana ainda destaca que hábitos adquiridos durante a pandemia, como a higienização das mãos de forma rotineira, é uma boa prática de saúde e devemos mantê-la. "Mãos limpas salvam vidas e previnem de diversas doenças que vão além do coronavírus", completa.
O infectologista Bil Basseti lembra que não existe mais a obrigação de usar a máscara, mas continuar adotando a proteção é indicado. E que pessoas do grupo de risco ou com alguma comorbidade devem continuar a usar o equipamento, principalmente quando forem se expor em ambientes fechados ou com aglomeração.
Mas qual tipo de máscara é ideal neste momento? Bil Basseti pontua que as de pano com três camadas e cirúrgicas têm uma capacidade de proteção que é adequada para vírus respiratórios. Sendo que máscaras do tipo KN95, N 95, PFF 2, tem uma proteção mais avançada contra partículas ainda menores, que são chamadas de aerossóis.
Já quando falamos do distanciamento em um ambiente com outras pessoas que não estejam usando o equipamento, o infectologista Carlos Urbano explica que uma distância de no mínimo dois metros de uma pessoa para outra diminui drasticamente as chances de se infectar com Covid. Mesmo que o ideal fosse que todos ainda estivessem usando máscaras.
Carlos lembra que a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) ainda recomenda a adoção de máscaras em ambientes fechados e com aglomeração, enquanto em locais abertos, com número pequeno de pessoas, ela é dispensável.
Os especialistas reforçam que a atual condição epidemiológica do Estado foi conquistada graças às vacinas e devemos sempre estimular a vacinação contra a Covid-19 para todas as idades contempladas no programa de imunização e em futuras campanhas de vacinação (doses de reforço).
TIRA-DÚVIDAS
O distanciamento de no mínimo dois metros de uma pessoa para outra diminui dramaticamente o risco de se infectar. Se sou a única usando máscara em um ambiente, ela me protege sim, diminui os riscos de me infectar. Mas o ideal seria que mais gente estivesse usando máscara.
A máscara ideal é a N95, mas ela é mais utilizada dentro de hospitais. Com a cepa Ômicron, que é a que mais circula no momento, o recomendado é pelo menos a utilização de uma máscara cirúrgica. Usar o equipamento em apenas alguns momentos do dia, como ônibus e em locais com aglomeração, faz diferença, sim. Mesmo que nesses lugares nem todas as pessoas estejam usando máscara.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, em locais abertos com número pequeno de pessoas talvez seja dispensável o uso de máscaras. Já em ambientes fechados, com aglomeração, o uso de máscaras deveria ser mantido.
*com informações de Gabriela Molina
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