Anunciado na última sexta-feira (10), o aumento da passagem do Sistema Transcol passou por um reajuste de 4,26% e, de R$ 4,70, passa a valer R$ 4,90 ao longo de 2025. O realinhamento de preços, segundo a Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), é feito anualmente conforme o contrato de concessão do sistema, assinado em 2014.
O aumento no sistema de transporte coletivo da região metropolitana capixaba segue a linha de reajustes ao redor do país. Cidades como Belo Horizonte, Florianópolis, Natal, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador também bateram o martelo para o aumento da tarifa no começo deste ano. Recém incluída na lista de novos valores, a Grande Vitória tem oitava menor tarifa entre as cidades mencionadas.
O reajuste de 4,26% feito na região é inferior ao índice da inflação, que marcou 4,71% em 2024. Mesmo com o aumento, o Espírito Santo ainda mantém a menor tarifa das regiões metropolitanas do Sudeste: na capital paulista, o valor é de R$ 5, na Grande BH, o valor é de R$ 8,20 e, no Rio de Janeiro, custa R$ 5,50.
No ano passado, o reajuste foi de 4,44% na passagem do Transcol. Em anos anteriores, as passagens passaram por aumentos de 2,5% a 16%.
➤ Sistema integrado de Transcol e Aquaviário: R$ 4,90 (de segunda a sábado) e R$ 4,30 (domingos e feriados)
➤ Bike GV (transporte de passageiros com bicicletas): R$ 2,45
Segundo a Semobi, o reajuste leva em conta fatores como aumento nos salários dos motoristas, custos com combustíveis, custos com insumos como pneus e outros acessórios para os coletivos, além da renovação prometida para a frota e reformas nos terminais de embarque e desembarque ainda no primeiro semestre de 2025.
“Para este ano, devemos ter mais 150 novos ônibus na frota e mais 50 ônibus elétricos. Nos últimos anos, renovamos 60% da frota com veículos totalmente climatizados. Além disso, contamos com uma tarifa única para toda a Região Metropolitana, o que facilita o deslocamento entre as cidades e mantém o custo acessível”, explica Fábio Damasceno, secretário responsável pela pasta de mobilidade.
Na composição da tarifa, conforme a Semobi, entram insumos da fórmula paramétrica, que são: a variação no valor dos ônibus (3,76%), a inflação (6,62%, medido pelo IGP-DI), combustível (0,02%) e salário (6,40%), entre outros.
Além dos ônibus, o sistema de mobilidade na Grande Vitória ainda conta com o Sistema Aquaviário, integrado aos coletivos, sem a necessidade do pagamento de mais uma passagem ao desembarcar de um veículo e embarcar em outro.
Em um ano e quatro meses de funcionamento, mais de 620 mil passageiros foram transportados pelas barcas do modal, que tem três estações: Praça do Papa (Vitória), Prainha (Vila Velha) e Porto de Santana (Cariacica).
Ainda em 2025, três novas estações devem começar a ser construídas na Capital e mais duas (uma em Vila Velha e outra em Cariacica) podem sair do papel a partir do próximo ano.
Diferentemente da versão anterior, a passagem de ônibus de São Paulo não custa R$ 6,05, mas R$ 5. A informação foi corrigida.
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