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Rafinha Bastos critica festa em casa de shows na Praia do Canto, em Vitória

Rafinha Bastos critica festa em casa de shows na Praia do Canto, em Vitória

Prefeitura de Vitória interrompeu o evento, que contou com shows de bandas de pagode e baile funk. Imagens mostram pista de dança lotada, e humorista comparou a situação a "roleta-russa"

Publicado em 13 de junho de 2021 às 15:36

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Shows tiveram aglomeração e pessoas sem máscara
Shows tiveram aglomeração e pessoas sem máscara. (Reprodução/Instagram)
Rafael Silva
Repórter de Política / [email protected]

Uma festa em uma casa de shows da Praia do Canto, em Vitória, promoveu apresentações musicais com aglomeração de pessoas e foi paralisado na noite do último sábado (12) após uma vistoria da Prefeitura da Capital. Segundo o mapa de risco estabelecido pelo governo do Estado, cidades como Vitória, que estão com risco de transmissão do coronavírus em nível moderado, não podem realizar shows.

O evento, que foi chamado pelos organizadores de Pagofunk, foi divulgado pelas redes sociais, mas nas publicações não constavam o local e o horário. Em imagens nas redes sociais, é possível ver a pista de dança do local lotada e as pessoas sem máscaras. O espaço, segundo o site da empresa que administra a casa de shows, comporta 2.700 pessoas. Shows só são permitidos, segundo o mapa de risco, em cidades com risco baixo de transmissão, desde que o público seja limitado a 300 pessoas. Em nenhuma das situações de risco é permitida a atividade de boates.

O humorista Rafinha Bastos, que possui em sua conta no Instagram 1,5 milhão de seguidores, ironizou o evento nos seus stories e o chamou de "roleta-russa" para o contágio. "Estamos indo agora na Praia do Canto, em Vitória, Espírito Santo, direto para uma balada, que é um lugar onde não existe coronavírus, vamos todos para lá agora, Brasil", disse, em um stories publicado em sua página.

Não houve confronto durante a dispersão dos frequentadores. 

Segundo o proprietário do Ilha Shows, onde o evento foi realizado, Kaedy Azevedo, a casa estava arrendada para uma outra empresa que exploraria o espaço como bar e restaurante. Ele afirma que o cumprimento das medidas de segurança sanitária estava previsto em contrato e que o Ilha Shows repudia qualquer tipo de aglomeração.

"Lamentamos o ocorrido e tomaremos todas as medidas para em próxima abertura, agora sob comando 100% da casa, aumentarmos o rigor, o distanciamento e a redução ainda maior de participantes", diz trecho da nota. Veja ela na íntegra ao final da matéria.

A reportagem tenta contato desde o fim da manhã deste domingo (13) com os produtores da festa, que arrendaram o local, mas eles ainda não deram retorno. Assim que obtiver resposta, esta matéria será atualizada.

A Polícia Militar também foi procurada, mas, via assessoria de imprensa, disse que ocorrências de plantões anteriores não podem ser acessadas durante o final de semana.

SALDO DE SÁBADO: 14 ESTABELECIMENTOS FECHADOS EM VITÓRIA

Além da casa de show da Praia do Canto, outros 40 estabelecimentos foram vistoriados no sábado. No total, 14 tiveram atividades paralisadas por irregularidades. A equipe do Comitê Integrado de Combate à Covid-19 atuou também na dispersão de aglomerações em locais como Centro, Rua da Lama e Triângulo. De acordo com a prefeitura, desde 1º de janeiro, mais de 1.800 locais foram vistoriados.

Ainda segundo a prefeitura, um trabalho preventivo e orientativo sobre os protocolos de segurança está sendo feito junto ao Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Espírito Santo (Sindbares) e com a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape-ES), para evitar eventos com aglomeração, como os deste sábado.

ILHA SHOWS: CASA ESTAVA ARRENDADA COMO BAR E RESTAURANTE

O Ilhashows esclarece que a casa estava arrendada para uma empresa explorar a casa dentro dos moldes de bar e restaurante exigindo dos mesmos, em contrato, as medidas de segurança como mesas e cadeiras para todos e distanciamento entre as mesmas.

A casa repudia qualquer tipo de aglomeração e pelos problemas apresentados não mais deixará a exploração de terceiros, cuidando a partir de agora de qualquer abertura.

Tratou-se de uma primeira abertura após meses e meses fechado.

A empresa esclarece que durante toda a pandemia se manteve sempre fechada e obedecendo as determinações do governo.

A fiscalização compareceu ao local constatando que havia mesas e cadeiras e a obrigação de entrada com máscara no espaço.

Por se tratar de um espaço amplo a imagem em questão superestima o verdadeiro público presente não mostrando que todo o restante da área encontrava-se vazia.

Lamentamos o ocorrido e tomaremos todas as medidas para em próxima abertura, agora sob comando 100% da casa, aumentarmos o rigor, o distanciamento e a redução ainda maior de participantes.

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