A expectativa para a realização ou não do Carnaval de Vitória em 2021 deve ter uma decisão final até o dia 15 de outubro. Quem garante é a Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesge), que diz ter conversado com o Ministério Público Estadual durante a semana e que as tratativas devem envolver, até a data limite, a Prefeitura Municipal de Vitória e o Governo do Espírito Santo. "Por enquanto, a programação segue normalmente nas escolas, com todos os cuidados necessários, em tempo de pandemia", diz a nota enviada pela liga.
Segundo a Liesge, os presidentes das escolas de samba do grupo especial de Vitória estão se reunindo semanalmente de forma virtual para discutir o evento.
"Estamos nos reunindo com esperança de que, até o final do ano, esta questão da pandemia esteja solucionada e que iniciemos 2021 com uma nova perspectiva", disse o presidente da Liesge, Edvaldo Teixeira, em entrevista à produção do Divirta-se.
A reportagem de A Gazeta procurou a Prefeitura de Vitória, que reconheceu o efeito negativo da pandemia no setor, mas não garantiu a realização do evento em 2021.
Em nota, a prefeitura salientou a prioridade no combate à pandemia do novo coronavírus e ainda acrescentou que "planos posteriores, inclusive sobre o carnaval, serão estabelecidos em comitês específicos criados para tratar da recuperação dos setores afetados pela Covid-19".
Segundo a prefeitura, há uma manutenção do diálogo com as ligas das escolas de samba.
O cenário imposto pelo avanço do novo coronavírus, inclusive na capital do Espírito Santo, é ainda mais desfavorável, haja vista a inexistência de vacinas finalizadas ou remédios comprovadamente testados contra a doença.
O Sambão do Povo atualmente recebe pessoas em situação de rua que contraíram a doença e indivíduos que, após testarem positivo, não conseguiriam manter o distanciamento social dentro das próprias residências.
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (24), o subsecretário de vigilância em saúde, da Secretaria do Estado da Saúde (Sesa), Luiz Carlos Reblin, explicou que "há a necessidade de queda sustentável por algumas semanas para termos segurança para liberar mais atividades". Segundo Reblin, "não temos condições de abrir bares, liberar eventos ou permitir shows em ambientes coletivos".
O subsecretário, quando questionado sobre o funcionamento da área de eventos, afirmou que caso a população tenha um comportamento semelhante ao apresentado antes da pandemia, haverá a retomada da doença e os números, como o de casos confirmados e mortes, deverão voltar a crescer, impedindo a plena reabertura.
Até a tarde desta sexta (24), o Espírito Santo contabilizava 75.854 casos confirmados e 2.373 óbitos provocados pelo novo coronavírus, segundo o Painel Covid-19.
A capital é o segundo município com maior número de casos, ficando atrás apenas de Vila Velha. São 10.321 e 11.528 confirmações, respectivamente.
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