ATUALIZAÇÃO: Esta matéria foi atualizada às 16 horas com a resposta da Secretaria de Estado da Educação (Sedu) sobre a discussão do plano com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes).
Com as aulas presenciais suspensas desde março devido à pandemia do novo coronavírus, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) está fazendo o planejamento para a retomada das atividades. A rede discute propostas e a previsão é que o retorno nas escolas seja apenas em agosto.
Para o próximo mês, o plano prevê que as atividades remotas passem a ser consideradas como dias letivos, o que hoje não é contabilizado. A partir de agosto, as atividades seriam retomadas no ambiente escolar durante a semana. E, para reposição, estão planejadas aulas aos sábados, mas no modelo virtual. Dessa maneira, seria possível concluir o ano letivo em janeiro de 2021.
As propostas já estão sendo discutidas por diretores escolares com suas equipes, mas ainda serão debatidas com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sindiupes) na próxima quarta-feira (24).
Diretor da entidade, Christovam Mendonça diz que, até o momento, o sindicato não foi ouvido para a construção do planejamento de retomada. "Existe uma possibilidade na próxima semana de conversarmos, ou seja, iniciar a conversa. Mas, se o governo vier com a receita pronta, com o tabuleiro todo montado e pronto, não vamos aceitar." Christovam reclama que, no debate, estavam sendo envolvidos representantes de entidades que não estão relacionadas com a educação pública.
A Sedu foi procurada para se manifestar sobre o planejamento, mas a assessoria informou que o órgão só vai apresentar um posicionamento quando o plano estiver concluído.
No início do mês, o secretário Vitor de Angelo já havia sinalizado com a possibilidade de retorno em agosto, e na ocasião falou que atividades remotas poderiam mesmo ser consideradas como aula letiva, por ser um cenário muito factível, simples de implementação e de as pessoas aceitarem.
"Outras opções para cumprirmos o calendário seriam estender a carga horária diária e avançar para 2021, o que é menos aceitável pelas pessoas", apontou. O secretário também já falou que a definição sobre o retorno depende de autorização da área da saúde, com análise do cenário vigente sobre o comportamento da Covid-19 no Estado.
Quanto à manifestação do Sindiupes, a assessoria da Sedu destaca que, na próxima quarta, o encontro faz parte da agenda bimestral da secretaria com o sindicato e, a princípio, não está previsto tratar do plano de volta às aulas, embora o assunto possa entrar em pauta.
A assessoria da Sedu ressalta, ainda, que a reunião para o planejamento do retorno foi feita há 15 dias, mas o Sindiupes optou em não participar. No encontro, porém, havia representações de outras entidades e órgãos, como a Associação de Diretores de Escolas (Adires), Ministério Público, Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Espírito Santo (Sindipúblicos), Ifes, Conselho Estadual de Educação (CEE), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e Sindicato das Empresas Particulares de Ensino (Sinepe).
Na rede particular, as escolas já estão fazendo as adaptações, com protocolos de saúde, na expectativa de retomar as atividades presenciais a partir do mês que vem, ainda que de maneira gradual. A Sedu também não revelou as medidas de segurança para quando os alunos voltarem para as escolas.
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