As obras de ampliação do Terminal de Carapina, na Serra – alternativa à construção de uma nova estrutura, que não avançou – começam ainda em 2024. A informação foi divulgada pelo secretário de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, em entrevista à CBN Vitória, na manhã desta quarta-feira (17).
Na segunda (15), a Semobi confirmou que o governo estadual abriu mão do plano anterior, de construir uma nova estrutura, em virtude dos altos custos, entretanto, até então, um prazo para início das intervenções no espaço já existente não havia sido divulgado.
“Nós já estamos com a empresa contratada. Essa é uma grande vantagem. Lá a gente não precisa esperar desapropriação, nós não vamos esperar projeto, não vamos precisar esperar tempo do processo de licitação, que leva muito tempo. Nós já temos um contrato de reforma e ampliação, que é a reforma inteira dele. Nós devemos começar ainda esse ano”, destacou o secretário.
Segundo Damasceno, no momento, a Ceturb está planejando o novo layout do terminal em conjunto com a Semobi. Uma vez finalizada esta etapa, as obras terão início.
Na primeira fase, o atual terminal do Transcol em Carapina passará por uma reforma completa. Depois, com a desapropriação de um terreno vizinho, de 6 mil metros quadrados, a ampliação terá início.
“Tem uma rua que cruza entre os dois (espaços), mas essa rua já está desafetada há muitos anos. A área em que vai ser a ampliação do terminal é uma área vazia, murada”, explicou o secretário, frisando que as intervenções terão como objetivo principal melhorar o fluxo de veículos e pessoas, e não necessariamente aumentá-lo.
Seis anos após anunciar o plano de construir um novo terminal do Sistema Transcol em Carapina, na Serra, o governo do Espírito Santo desistiu de levar adiante o projeto. Entre as justificativas, segundo o secretário de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, estariam a demora do processo e os custos elevados da desapropriação do terreno que seria utilizado.
“Chegamos a ter a posse daquela área, foi retirada. O governo do Estado chegou a depositar R$ 21 milhões para aquisição daquela área, para desapropriação, e agora tivemos o retorno de perícia, e a desapropriação passou para R$ 56 milhões, totalmente fora do que a gente avaliou, do que a equipe da Secretaria, do que a própria Procuradoria Geral do Estado avaliou como um valor justo para aquela área. Então, de R$ 21 milhões para R$ 56 milhões e com o processo se arrastando há dez anos… A gente não pode mais ficar esperando", ponderou.
Além disso, intervenções de mobilidade urbana, como o binário da Norte e Sul, o novo trevo de Carapina, a Rodovia das Paneleiras e a inauguração do Contorno do Mestre Álvaro, que trouxeram melhorias para o trânsito da região, teriam contribuído para a mudança de planos.
“O próprio processo de bilhetagem, onde a gente tem a integração temporal e a integração física, diminui bastante a pressão por terminal. (...) Nós vamos adiantar em pelo menos quatro, cinco anos de melhorias para a população (com a mudança). Por isso, foi a decisão que tomamos, complementou o secretário.
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