A região da orla de Camburi e a Praia da Guarderia/Curva da Jurema, em Vitória, estão contidas dentro de uma área de proteção ambiental, a APA da Baía das Tartarugas. Desta forma, é proibido a pesca com redes em todo o espaço demarcado.
Ainda assim, pescadores lançam as malhas irregularmente na região. Na manhã desta sexta-feira (7), o médico Bruno Moulin se deparou com várias tartarugas presas em um rede quando remava na companhia de amigos.
"Estávamos passando ali próximo àquela ilha perto da estátua de Iemanjá no treino da manhã com a canoa e avistamos três tartarugas presas na rede. Voltamos rápido, depois chegou o pessoal da outra canoa e pulamos na água. Conseguimos tirar seis tartarugas da rede, só que duas já estavam mortas. As outras quatro estão bem", contou o médico.
Após retirarem os animais da água, eles acionaram uma bióloga do Projeto Tamar, que fica na Praça do Papa, também na Capital, para avaliar a saúde dos bichos.
Segundo o médico, as tartarugas que sobreviveram foram levadas à sede do Projeto para que ganhem força antes de serem devolvidas ao mar.
A Baía das Tartarugas é a primeira APA marinha (Área de Proteção Ambiental) de Vitória. Fundada em 2018, ela tem como objetivo conservar e recuperar a vida marinha que existe desde o início da Praia de Camburi até a Terceira Ponte.
Idealizada por grupo de ambientalistas e ONGs que se reuniram para fomentar a criação da área junto à Prefeitura de Vitória, APA foi batizada em homenagem às tartarugas marinhas, que regularmente são vistas nadando pela Baía de Vitória. Estas, apesar de serem abundantes, são muito afetadas pela poluição lançada ao mar e também redes predatórias.
Além das tartarugas, outros animais marinhos são constantemente observados na área, como golfinhos, arraias, por vezes baleias, além de uma grande diversidade de peixes.
A reportagem de A Gazeta questionou a Polícia Militar Ambiental sobre a fiscalização e combate às redes de pesca na região. Assim que houver um retorno, o texto será complementado.
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