O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está cada dia mais próximo, com as provas marcadas para os dias 3 e 10 de novembro. Neste ano, a edição conta com mais de 5 milhões de inscritos, sendo 88.573 no Espírito Santo. Alguns participantes começam a se preparar desde o inicio do ano, mas, se esse não é o seu caso e ainda não começou as revisões para a avaliação, nem tudo está perdido. A Gazeta traz uma série de reportagens com dicas e estratégias de especialista para quem vai estudar nesta reta final.
O diretor da Gama Pré Vestibular, Paulo Victor Scherrer, explica que o primeiro passo para aumentar o desempenho é usar edições anteriores da prova para guiar os estudos e, assim, entender quais são os seus pontos fortes, além de identificar as habilidades que precisam ser mais desenvolvidas daqui para frente.
Outro ponto que precisa de atenção é como o tempo será administrado. Um erro comum é querer aprender todos os conteúdos de uma vez e da forma mais rápida possível, mas o professor alerta que essa estratégia não é nada eficiente, porque o estudante não consegue absorver as matérias de forma adequada. “Esse tempo de estudo precisa ser direcionado para aquilo que vai gerar o maior aumento de nota para ele nesse pouco tempo”, esclarece Paulo.
Mais uma dica: separar o tempo de fazer os simulados com a revisão de conteúdo. Alternando dessa forma, será possível identificar os conteúdos que precisam de mais dedicação e também medir a eficiência do estudo, observando o quanto está aprendendo de cada matéria e se há um crescimento nos acertos. A frequência dos simulados deve aumentar conforme o nível dos estudos avança.
“Para o aluno que está começando, uma edição completa do Enem por mês é um bom volume. Para um aluno que já está estudando há um pouco mais tempo e está mais à frente na preparação, dá para fazer uma prova por semana. Os outros dias ele vai tirar para estudar aqueles conteúdos que está perdendo pontuação, sempre começando dos assuntos mais simples para os assuntos mais complexos", completa o diretor. Além disso, é preciso observar os erros que estão sendo cometidos nos simulados para melhorar ainda mais a pontuação final.
É comum que os vestibulandos sofram com ansiedade e nervosismo antes e durante o Enem, afinal, essa é uma prova importante. Mas esses fatores podem prejudicar tanto a qualidade dos estudos quanto o rendimento na hora de fazer a avaliação. Por isso, a dica é não deixar o autocuidado de lado. “Os alunos precisam entender que o Enem não é só uma prova de conhecimento cognitivo. Existem também fatores físicos e emocionais envolvidos.”
Por isso, nessa reta final, manter uma rotina equilibrada, conciliando os estudos com a vida pessoal, pode fazer toda a diferença na hora do exame. Para ser aprovado, é preciso esforço e dedicação nos estudos, mas isso não deve significar abrir mão de todo resto. “O aluno precisa de rotina que seja bem dividida. Os participantes precisam estudar com mais intensidade, seriedade e concentração. Mas isso não quer dizer abdicar do restante da vida. É uma questão de se organizar para conseguir ter tudo com equilíbrio”, defende o diretor.
"Estudar para o Enem também significa cuidar do corpo e da mente. É essencial que os alunos continuem praticando atividades físicas, cuidando da parte emocional e mantendo momentos de lazer com a família e os amigos. Não é abdicando disso que eles vão estudar melhor", completa Paulo Victor.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta