As ruas de Bom Jesus do Norte e de Mimoso do Sul, no Sul do Estado, ficaram totalmente alagadas após o Rio Itabapoana – que corta os dois municípios – transbordar. Um vídeo e fotos registradas por moradores mostram a quantidade de água que tomou conta da região.
De acordo com a Defesa Civil de Bom Jesus do Norte, alagamentos após o rio transbordar atingiram 63% da cidade. A chuva afetou principalmente os bairros Silvana e Centro e deixou 679 pessoas desalojadas e 14 desabrigadas na cidade. “Essas famílias estão em escolas do município, em salas individuais devido à pandemia da Covid-19”, explicou o coordenador do órgão, Carlos José Ribeiro Vieira.
Segundo ele, apesar de a chuva ter cessado na região, o rio está oscilando e subindo de nível lentamente, cerca de três centímetros por hora. “Das 10h às 13h, ele estabilizou e depois voltou a subir vagarosamente. Estamos monitorando o tempo todo”, ressaltou o coordenador da Defesa Civil de Bom Jesus do Norte.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Mimoso do Sul, Leonardo Ferreira, cinco famílias – um total de 12 pessoas – ficaram desalojadas, e um morador ficou desabrigada por causa dos alagamentos. Além disso, foi registrado um deslizamento de duas rochas no trecho da ES 177 , mas as pedras já foram retiradas do local.
Leonardo Ferreira explicou que além do monitoramento feito pela Defesa Civil, outras secretarias ajudam a atender as ocorrências. “Estamos com uma equipe para fazer a retirada dos móveis, a equipe da Ação Social, da Limpeza Urbana e da Saúde. A PM também está dando apoio para direcionar o trânsito”, declarou.
Durante a tarde, a chuva cessou, mas o Rio Itabapoana está 3,35 metros acima do nível normal. “Nossa maior preocupação é o risco hidrológico aqui no distrito de Ponte (de Itabapoana), devido à aguas que desembocam no Itabapoana e vem do Caparaó”, disse o coordenador.
O empresário Sérgio Gomes, que mora no distrito Ponte de Itabapoana, em Mimoso do Sul, contou que apesar da chuva ter parado, o rio continua subindo. “A água atingiu a casa da minha mãe, que mora no andar de baixo. E quando passa um caminhão, a água é jogada para dentro de casa”, relatou.
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