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Rodovia do Sol e 3ª Ponte: manter a concessão é desvantajosa, aponta MPES

Rodovia do Sol e 3ª Ponte: manter a concessão é desvantajosa, aponta MPES

Manifestação do Ministério Público foi em ação movida pela Rodosol, na Justiça estadual,  onde a empresa solicita a prorrogação do contrato que acaba no próximo dia 21

Publicado em 12 de dezembro de 2023 às 16:31

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Terceira Ponte, Vitória
Terceira Ponte: pedágio deixará de ser cobrado a partir do dia 22. (Ricardo Medeiros)

A prorrogação do contrato de concessão da Terceira Ponte e dos 67,5 quilômetros da Rodovia do Sol, solicitada à Justiça pela concessionária Rodosol, é apontada como “demasiadamente desvantajosa” para o Estado e a população. A afirmação é do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), em manifestação apresentada ao Juízo da Quinta Vara Estadual.

O Estado foi notificado sobre o processo na última semana e, segundo o andamento processual no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), o prazo para a sua manifestação se encerrou no último domingo (10). Na segunda-feira (11), o governador Renato Casagrande decidiu suspender a cobrança do pedágio nas duas praças e não realizar uma nova concessão.

Em seu texto, o MPES destaca alguns pontos em que o atendimento dos pedidos da Rodosol de prorrogação do contrato vão ser desfavoráveis à população ou ao Estado. São eles:

Ainda não há manifestação da Justiça estadual em relação ao pedido da Rodosol. Com a decisão do governador, o pedágio nas duas praças deixa de ser cobrado a partir da 0h do próximo dia 22. No dia anterior se encerra o contrato com a Rodosol.

Motivos da ação

Em sua ação, a concessionária solicitou a prorrogação do contrato até que seja feito o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato ou que o governo do Estado pague a dívida de R$ 351 milhões devida à empresa.

Proposta à Vara da Fazenda Pública Estadual, em Vitória, é solicitado que seja deferida em caráter liminar, e “em caráter provisório a manutenção/prorrogação da vigência do contrato de concessão até que ocorra a implementação do reequilíbrio econômico-financeiro pelo Poder Concedente, seja mediante pagamento do valor incontroverso já apurado, seja mediante prorrogação do prazo da concessão”.

Em documento encaminhado ao Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES), o governo do Estado informou que os valores apurados pela Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (Coppetec), contratada pela Agência de Regulação de Serviços Públicos (Arsp) em 2020, a quem compete fazer o encerramento do contrato de concessão.

“O valor do desequilíbrio a ser pago pelo poder concedente (Estado) para a concessionária corresponde ao elevado montante de R$ 351,23 milhões”, relata procurador-geral do Estado, Jasson Hibner Amaral ao TCES. O valor da dívida já havia sido antecipado por A Gazeta, a partir do relatório produzido pela fundação.

No documento Amaral pede que a taxa de remuneração do investimento, prevista em contrato, seja reduzida pela metade ou que se adote a taxa Selic. As duas alternativas podem ajudar a diminuir o valor devido. A concessão, destinada à gestão da Terceira Ponte e dos 67,5 quilômetros da Rodovia do Sol, acaba em 21 de dezembro.

A Rodosol informou que não se manifesta para além do que já foi dito na ação.

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