Rodoviários de duas viações cruzaram os braços, durante três horas, na manhã desta terça-feira (27), na Grande Vitória, em protesto contra atraso de salário e benefícios. A paralisação atingiu a Tabuazeiro, que opera uma parte dos ônibus municipais de Vitória, e a Metropolitana, que é responsável por algumas linhas do Transcol, que atendem principalmente moradores de Vila Velha e Cariacica.
As duas empresas pertencem ao mesmo grupo. Em crise, chegaram a se desfazer de linhas e ônibus para conseguir acertar outras pendências.
A paralisação desta terça-feira começou por volta das 4h e terminou às 7h. Os ônibus já voltaram a circular depois que as empresas assumiram o compromisso de regularizar os pagamentos até a próxima sexta-feira (30). Segundo informações de diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários), a Tabuazeiro atrasou o pagamento do salário, do adiantamento e do tíquete-alimentação.
Já os profissionais da Metropolitana, de acordo com membros do sindicato, estão com o adiantamento e o tíquete-alimentação atrasados.
Em Vitória, os bairros mais atendidos pela Tabuazeiro e que ficaram prejudicados pela paralisação são Maria Ortiz, República, Mata da Praia, Jardim da Penha, Praia do Canto, Jabour e Grande Vitória. Já a Viação Metropolitana opera, segundo o Sindirodoviários, principalmente, ônibus de linhas troncais, ou seja, que fazem o percurso de terminal para terminal.
A Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb) informou que o consórcio operador das linhas as quais a Metropolitana atende ramanejou veículos de outras empresas para garantir a continuidade do serviços. As linhas do Transcol que registraram algum atraso até às 06h20 foram: 500, 514, 518, 520, 525, 580, 588, 627, 663, 672 e 773.
O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) e o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Setpes), que representam as empresas de ônibus, foram procuradas pela reportagem de A Gazeta, mas ainda não se posicionaram sobre o caso.
Só a Tabuazeiro enfrenta pelo menos a sua quinta paralisação apenas em 2020. Antes dessa, a última tinha sido em setembro, quando os trabalhadores ficaram sem operar os ônibus por quase uma semana.
O sistema de transporte coletivo de passageiros passa por uma forte crise em Vitória. Reportagem de A Gazeta mostrou na última semana que as empresas de ônibus acumulam um prejuízo que pode chegar a quase R$ 1,5 milhão por mês na capital.
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