Em seu plano de melhoria dos polos gastronômicos da cidade, a Prefeitura de Vitória apresentou, nesta semana, a proposta de revitalização da Rua da Lama, em Jardim da Penha, a moradores e comerciantes da região. O projeto prevê, entre outras intervenções, nova iluminação e fiação subterrânea, canteiro central mais largo e elevação da pista de modo a ficar na mesma altura da calçada. Também haverá investimento em segurança, como a instalação de câmeras de videomonitoramento.
A reurbanização será implementada na Avenida Anísio Fernandes Coelho - chamada Rua da Lama - e também nas ruas Arthur Czartoryski e Tupinambás.
O canteiro central, que hoje não alcança 2 metros de largura, passará a ter 3,8 metros, e os frequentadores da Rua da Lama poderão usufruir da instalação de pergolados e bancos, além de uma área de circulação de pedestres maior, delimitada por estacas para segurança. Alguns trechos das vias também serão elevados, contribuindo para reduzir a velocidade de carros, mas, segundo o secretário de Desenvolvimento da Cidade e Habitação, Marcelo de Oliveira, nenhuma rua será fechada ao tráfego de veículos.
O polo gastronômico, observa Marcelo, já existia no nome, mas a proposta de agora é, além das intervenções urbanísticas, criar uma regulamentação que, inclusive, vai facilitar a fiscalização. Ambulantes, carros de som e food trucks, por exemplo, serão proibidos na região. Também haverá um comitê gestor, com a participação de moradores e comerciantes, que poderá acompanhar o cumprimento das regras; o não atendimento às normas que serão definidas poderá levar à punição do infrator.
A proposta foi bem recebida pela comunidade, que terá até o final deste mês para fazer eventuais sugestões ao projeto da prefeitura. Coordenador-geral da Associação de Moradores de Jardim da Penha (AmoJP), Luiz Valentim avalia que a reurbanização da Rua da Lama torna o espaço mais humanizado, além do fato de que, com a fiscalização anunciada, é possível reduzir conflitos como o do excesso de barulho. Por outro lado, ele se preocupa com a questão da mobilidade urbana e também com a segurança. "Um passivo grande da região", pontua Valentim.
Presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Espírito Santo (Sindbares), Rodrigo Vervloet ressalta que empresários do setor estão felizes com as intervenções propostas. "Toda urbanização traz ganhos, não só para os comerciantes, mas também para moradores, turistas, para toda a cidade. Sem dúvida é um avanço para região", opina.
Após a análise do projeto por moradores e comerciantes, e as eventuais adaptações com suas sugestões, o secretário afirma que a proposta vai ser reapresentada para a comunidade em dezembro. Uma mudança, em relação ao que havia sido apresentado esta semana, é resultado de revisão da própria administração, que decidiu instalar câmeras de videomonitoramento na região.
A expectativa é para que, no primeiro semestre de 2022, seja feita a licitação para as obras. Após iniciadas, o prazo para a conclusão das intervenções é de dois anos. "Apesar de não terem alta complexidade, vamos fazer num tempo que cause o menor transtorno possível no fluxo viário", justifica Marcelo de Oliveira.
Os recursos para a execução estão previstos no Plano Vitória, um pacote de R$ 1 bilhão de investimentos, nas mais diversas áreas, até 2024.
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