A pandemia do novo coronavírus tem promovido, desde o início de março, mudanças na vida dos trabalhadores de todo o Espírito Santo. Uma parte deles lida com a limpeza urbana, um serviço essencial, que precisa ser prestado diariamente. Mesmo sem comprovação de que a Covid-19 pode ser transmitida por meio de resíduos sólidos, os cuidados com os lixos produzidos dentro das residências e em unidades de saúde podem sofrer alterações para evitar a proliferação do vírus.
Em nota enviada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e encaminhada pelo Sindicato Estadual das Empresas de Limpeza Urbana do Espírito Santo foi recomendado que pessoas do grupo de risco fossem afastadas das atividades. Da mesma forma, foi orientado o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e a reprogramação de jornadas para evitar aglomerações nos locais de trabalho.
A Abrelpe ainda ressalta que "não há evidências de que o contato com os resíduos descartados, devidamente acondicionados, tenha resultado em transmissão do vírus Covid-19".
GESTÃO DE RESÍDUOS DOMICILIARES EM LOCAIS SEM CONFIRMAÇÃO NEM SUSPEITA DE CONTAMINAÇÃO POR COVID-19
O gerenciamento dos resíduos gerados em domicílios sem confirmação positiva nem suspeita para Covid-19 deve ser executado conforme os procedimentos comumente praticados. Não há necessidade de precauções adicionais.
GESTÃO DE RESÍDUOS DOMICILIARES EM LOCAIS COM CASOS CONFIRMADOS OU SOB SUSPEITA DE CONTAMINAÇÃO POR COVID-19
Nos domicílios em que houver morador(es) com confirmação ou suspeita de contaminação por COVID-19, os resíduos produzidos pelo paciente e por quem lhe prestar assistência devem ser armazenados em sacos plásticos resistentes e devidamente lacrados. Recomenda-se colocar dentro de um segundo saco plástico que também deverá ser devidamente fechado e posteriormente apresentado para coleta regular de limpeza urbana.
GESTÃO DE RESÍDUOS CONTAMINADOS OU COM SUSPEITA DE CONTAMINAÇÃO EM UNIDADES DE SAÚDE
A gestão de tais resíduos requerem gerenciamento diferenciado dos comuns e tratamento prévio à sua disposição final. Os resíduos devem ser acondicionados em saco vermelho, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 48 horas e identificados pelo símbolo de substância infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.
Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente à punctura, ruptura, vazamento e tombamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados. As Boas Práticas de gestão de resíduos de serviços de saúde e as diretrizes devem ser estritamente observadas, informa a Abrelpe.
Em maio, por meio de site oficial, a Prefeitura da Serra classificou o trabalho de limpeza pública como "essencial para a saúde da população" e deu dicas para o descarte de lixo domiciliar. As recomendações são semelhantes ao do comunicado repassado pelo Sindicato Estadual das Empresas de Limpeza Urbana do Espírito Santo.
Procurada pela reportagem de A Gazeta, a Prefeitura de Vila Velha informou que os serviços de Cata Móveis e coleta seletiva Porta a Porta estão suspensos. Vila Velha informou que veicula informações para a população, como forma de evitar os chamados pontos viciados de lixo e facilitar a coleta dos resíduos.
Em Guarapari, funcionários do grupo de risco foram orientados a favor do afastamento das atividades. A prefeitura informa que cada colaborador recebeu um kit completo para a proteção durante o trabalho
As prefeituras de Viana, Fundão, Cariacica e Vitória não informaram sobre possíveis alterações no serviço de coleta e recomendações aos populares.
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