O governador do Estado, Renato Casagrande, autorizou a volta às salas de aula para alunos da educação infantil e do primeiro ciclo do ensino fundamental (1º ao 5º ano) no Espírito Santo — mesmo situadas em municípios de risco alto para a transmissão da Covid-19 — a partir da próxima segunda-feira (10). Todas as diretrizes para esse retorno foram divulgadas junto com o Mapa de Risco da semana, durante o pronunciamento do governador nesta sexta-feira (07). A Prefeitura de Vitória, entretanto, divulgou pouco depois algumas medidas específicas para o retorno às aulas na Capital — acirrando a disputa política entre Pazolini e Casagrande, que marcou a semana.
A Secretaria de Educação de Vitória informou que as crianças de 0 a 3 anos de idade ainda não retornarão de forma presencial, apesar da permissão do governo do Estado. Os estudantes dos grupos 5 e 6 da Educação Infantil não farão revezamento, mas serão divididas em mais turmas, por questões de adaptação à escola. Dessa forma, as salas de aula dos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei) serão ocupadas apenas pelas crianças dos grupos 5 e 6.
Já o retorno dos alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental será de forma gradual e com revezamento, com os protocolos de biossegurança já estabelecidos. Eles serão divididos em dois grupos (azul e laranja). As salas de aula manterão o distanciamento de 1,5 metro entre os estudantes e o professor.
Os alunos do 6⁰ ao 9⁰ ainda não retornam à modalidade presencial, seguindo a determinação do Governo do Estado.
O retorno presencial não será obrigatório, cabendo às famílias decidirem enviar ou não o estudante à escola.
O governador do Estado anunciou que a retomada das aulas presenciais deverá ser feita com 50% de ocupação das salas de aula, assim como já ocorre nas cidades em risco moderado e baixo.
Questionada sobre quantos alunos haverá em cada sala, a Prefeitura de Vitória afirmou que isso vai depender da adesão das famílias ao retorno presencial. Esse número vai variar também de acordo com o tamanho das salas — que não são padronizadas — mas reforçou que as escolas passaram por pequenas reformas e foram adaptadas para o retorno dos estudantes, com demarcação do espaço físico, respeitando 1,5 metro de distanciamento entre eles e entre o professor.
As escolas também receberam instalação de pias e lavatórios em mais pontos; instalação de totens e dispensers para álcool 70%; instalação de mais ventiladores, onde foi verificada essa necessidade; troca de torneiras em bebedouros e troca de lixeiras de tampa por lixeiras de pedal.
De acordo com o prefeito Lorenzo Pazolini, estudos mundiais e diálogos com especialistas reforçam que a a escola é um ambiente essencial e seguro.
"Ficou constatado que a escola é um ambiente essencial e seguro. A sociedade tem que se mobilizar para que tenhamos uma educação funcionando, seguindo todos os protocolos de biossegurança e respeitando a ciência. Não podemos deixar que nosso país regrida duas décadas no acesso à escola, como já dizem os especialistas. Nossas crianças estão tendo inúmeros prejuízos à saúde, como sedentarismo, problemas graves de comportamento, sintomas psicossomáticos como dores, diarreia, falta de sono, para citar alguns", justificou Pazolini.
A decisão pela reabertura das escolas nos municípios de risco alto se baseou na melhoria dos indicadores da pandemia no Estado, segundo Casagrande, mas a retomada será gradativa para que o Espírito Santo se mantenha em queda no número de casos, internações e mortes provocadas pela Covid-19.
No mapa que terá vigência de segunda-feira (10) a domingo (16), 26 cidades estarão em risco alto, incluindo as da Grande Vitória.
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