A obra de ampliação da faixa de areia da Curva da Jurema, em Vitória, iniciada nessa segunda-feira (11), deve ser concluída até o final do mês de maio. Na sequência, segundo a prefeitura, o mesmo trabalho será feito na Praia de Camburi. O objetivo é evitar que o processo de erosão destrua quiosques e calçadão, e impossibilite o uso das praias da Capital. Os dois serviços devem estar concluídos em no máximo dois meses.
De acordo com o Secretário de Meio Ambiente, Ademir Barbosa Filho, uma faixa de 431 metros de comprimento será recuperada na Curva da Jurema. Com o trabalho, a praia terá largura de 33 metros. Já a Praia de Camburi terá uma extensão de 1.180 metros (da Ilha do Socó até o píer de Iemanjá) restaurados. A largura da praia será de 59,1 metros.
"A execução dos dois serviços será feita em dois meses, mas pode acontecer que a gente termine antes. É mais ou menos um mês para cada um, na Curva da Jurema deve levar menos tempo. Terminando o trabalho na Curva, a gente começa em Camburi. No começo de junho já devemos estar executando a obra em Camburi, que tem uma extensão maior e deve levar um pouco mais de tempo", afirmou o secretário.
Serviços como esse são feitos de tempos em tempos. A última vez que um trabalho como esse foi executado na Curva da Jurema, em 2010, foram utilizados 41 mil m³ de areia. Agora, serão 55 m³. Se contarmos o volume de areia que será utilizado em Camburi, serão no total cerca de 290 mil m³. "Estamos colocando um volume sete vezes maior do que da última vez", comenta Ademir.
A região do Pier de Iemanjá, na Praia de Camburi, por exemplo, tem hoje apenas 5 metros de faixa de areia. "Com o trabalho de restauração deve ficar em torno de 55 metros, nivelando com o restante da praia. Depois da obra concluída, vamos fazer o replantio de restinga em toda a extensão de praia para segurar a areia ali por mais tempo. Um ganho ambiental e a preservação das áreas econômicas do nosso turismo", defendeu o secretário.
O trabalho é feito em sua maior parte por máquinas, que retiram o sedimento do fundo do mar e levam até o local da obra. O serviço é executado por poucos trabalhadores, o que possibilitou que a obra acontecesse mesmo em tempos de pandemia do novo coronavírus.
Uma draga autotransportadora do tipo "Hopper", que fará a dragagem do material submerso em duas jazidas licenciadas, localizadas entre a Ilha do Boi e o Morro do Moreno. Esse sedimento dragado será bombeado através de uma tubulação de recalque flutuante de até 2 mil metros, que se estenderá pela praia mediante o avanço do projeto. A areia na praia será movimentada por equipamentos de terraplenagem, como tratores esteiras e escavadeiras hidráulicas.
Se tudo der certo, a expectativa da Prefeitura de Vitória é de que um trabalho como esse só precise voltar a ser feito em 2035. "A gente acredita numa durabilidade de 15 anos desse trabalho", avaliou o secretário.
"O problema de erosão marinha é uma realidade no Brasil todo. Com trabalhos como esse, a gente garante a integridade física dos quiosques e do calçadão. No verão, sem pandemia, que a gente já tenha a praia em melhor condição e um novo impulso para as atividades econômicas da cidade", concluiu.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta