A Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) prepara o início dos testes para a última etapa de integração das linhas de ônibus de Vitória ao Transcol, que deverá ser consolidada a partir de março de 2021. Quando entrar em operação, as linhas municipais passarão a ser alimentadoras do sistema metropolitano e os usuários poderão trocar de ônibus, em terminais virtuais, pagando apenas uma tarifa.
Diante dessa perspectiva, muitos passageiros estão em dúvida sobre como se dará a prestação de serviço na nova modelagem. A Gazeta ouviu o titular da Semobi, Fábio Damasceno, e a secretária municipal de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana, Ana Elisa Nahas Amorim, para esclarecer alguns pontos. Entenda!
A previsão é que a integração melhore a mobilidade no município de Vitória, oferecendo mais possibilidades para o usuário se deslocar pagando apenas uma tarifa. Atualmente, o Transcol já realiza o serviço alimentador (dos bairros para os terminais) em Viana, Cariacica, na Serra e em Vila Velha, e apenas a Capital não é atendida. Ao integrar, a previsão é que melhore também a qualidade do serviço, com a oferta de mais assentos, a possibilidade de atender comunidades ainda desassistidas ou com poucas linhas e horários. Do ponto de vista econômico, também há uma perspectiva de desonerar o sistema Transcol com o ingresso de mais usuários.
A previsão é concluir os testes e iniciar a operação integrada em 7 de março, um domingo, porque é um dia de menos movimento, ou seja, mais tranquilo para realizar eventuais ajustes. O prazo, de um pouco mais de 60 dias, é para avaliar a melhor tecnologia para implementação dos terminais virtuais que vão permitir a integração.
Há duas possibilidades em análise: uma em que os validadores dos cartões terão uma tecnologia como a de um GPS, com a qual será possível localizar a área de embarque e desembarque das linhas alimentadoras; e outra, que é a provável, de instalar validadores nos pontos de integração.
São locais com maior circulação de pessoas, por onde passa pelo menos uma linha de Vitória e com maior quantidade de linhas troncais (Transcol) para fazer a integração. Os pontos escolhidos são: Shopping Vitória; Reta da Penha (em frente ao Boulevard da Praia); Portal do Príncipe (Rodoviária); Avenida Serafim Derenzi, em São Pedro; antigo terminal aquaviário do Dom Bosco; e praça de Eucalipto, em Maruípe.
A partir da integração, as empresas que operam as linhas municipais vão receber um prazo para adaptar a frota ao modelo adotado no sistema Transcol.
O atendimento vai continuar nesse modelo, e nenhum bairro deixará de ser contemplado. O sistema Transcol já opera com micro-ônibus em outras regiões, como bairros de Cariacica.
Não. Vitória não tem mais terminal físico desde que o Dom Bosco foi desativado há quatro anos. A integração será feita por terminais virtuais, a partir da validação do CartãoGV com uma tecnologia que ainda está sendo definida. O passageiro que embarcar numa linha alimentadora de Vitória terá até uma hora para validar seu cartão em um terminal virtual, e embarcar numa linha troncal sem pagar uma nova tarifa. Já quem estiver em um ônibus do Transcol terá até duas horas para efetuar o mesmo procedimento e embarcar numa linha alimentadora municipal.
Apesar de atualmente haver sobreposição de linhas do Transcol e de Vitória em avenidas da Capital, e eliminar esse problema seja um dos objetivos da integração, a previsão é de haver um aumento da frota no município. A Semobi ainda não fez as estimativas, mas está no planejamento, uma vez que houve redução da oferta devido à pandemia da Covid-19. No momento, são 122 ônibus em circulação.
Ainda não há previsão, segundo a Semobi. A tarifa hoje já é unificada (Vitória e Transcol), no valor de R$ 3,90.
Não deixa de existir, mas será incorporado ao ÔnibusGV, aplicativo do sistema Transcol, no qual será possível acompanhar todas as linhas e horários.
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