Para atender idosos, pessoas com deficiência, moradores em situação de rua ou quem mora em bairros de vulnerabilidade social diagnosticados com o novo coronavírus, a prefeitura de Vitória vai criar um centro de quarentena. O projeto prevê a construção de 50 leitos de isolamento no Sambão do Povo, no bairro Mario Cypreste, na Capital. A previsão é que o serviço comece a funcionar na próxima quarta-feira (24). Vitória conta com 5.291 casos confirmados e 188 mortes provocadas pela Covid-19.
A ação foi planejada pelo Comitê de Gerenciamento das Políticas Sociais dos Impactos Causados pela Covid-19 e vai integrar, principalmente, as secretarias municipais de Saúde e Assistência Social. De acordo com Bruno Toledo, coordenador do Comitê, a Saúde identifica os pacientes que testaram positivo para o novo coronavírus enquanto a Assistência Social avalia o perfil de vulnerabilidade social dos doentes.
Nesse momento da pandemia é uma estratégia fundamental para que a gente contenha a velocidade da contaminação e possa entregar um cuidado às pessoas mais vulneráveis com a Covid. Não será um hospital. Vamos acolher pessoas já diagnosticadas que tenham sintomas leves e que não tenham a necessidade de internação hospitalar, mas que por outro lado, não têm como fazer o isolamento por conta própria, explicou Toledo.
Ele informou que serão construídos 50 leitos. A estrutura está sendo montada onde funcionam atualmente os camarotes do Sambão. Cada membro ficará isolado em um desses espaços e terá acesso à alimentação e cuidados de higiene pessoal por pelo menos 14 dias. A equipe de trabalho será composta por assistentes sociais, cuidadores, servidores responsáveis pela limpeza e vigilância do local. A equipe de saúde fará o monitoramento do quadro clínico.
Inicialmente, a previsão é de que o centro de quarentena funcione por seis meses. A estimativa do governo municipal é de que, levando em consideração o número de leitos e o período de cura da doença, o local possa atender cerca de 800 pessoas nesse intervalo. De acordo com Bruno, a medida foi discutida com a comunidade. Ele afirmou que o serviço não vai alterar o entorno, como a interrupção de vias.
Imagine um idoso acamado que more sozinho, está com a Covid, mas não está a ponto de ser internado. Se alguém for cuidar dele, pode ser contaminado. Então esse idoso vai para o centro de quarentena. Uma pessoa de comunidade de vulnerabilidade social que convive com outras 10 pessoas em dois cômodos e não consegue se isolar para evitar mais contágio, também deverá ser atendida. Se essas pessoas não podem se isolar, vão contaminar outras de forma exponencial. Uma das estratégias do centro é conter a disseminação da doença", reforçou.
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