Após meses operando com a capacidade máxima e até com fila de espera, os leitos para o tratamento de infectados pelo Sars-Cov-2 (coronavírus) da Santa Casa de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, foram revertidos para o atendimento de pacientes com outras doenças. A nova realidade é reflexo da queda nos números de registros da Covid-19.
A unidade tinha 50 leitos exclusivos para a Covid-19 - 10 de UTI e 40 de enfermaria. Nos momentos mais críticos da pandemia, entre março e maio deste ano, o hospital filantrópico chegou a registrar fila de espera por vagas. A ala para pacientes com o coronavírus no hospital foi aberta de maneira emergencial em 2020, após obra executada em parceria com o governo do Estado.
A desmobilização de leitos também ocorre em outras unidades da cidade. No Hospital Estadual Sílvio Avidos, principal referência para Covid-19 na região, a maioria das vagas de terapia intensiva foi direcionada a outro perfil de paciente.
Dessa maneira, a referência para o tratamento de infectados pelo coronavírus passa a ser o Hospital e Maternidade São José, que possui 11 leitos Covid para adultos e seis para crianças.
Esse processo de desmobilização está sendo feito em todos os municípios. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em maio, quando o governo disponibilizou o maior número de vagas exclusivas, 11 hospitais das regiões Norte e Noroeste tinham leitos Covid-19 pelo SUS. Agora, são 6. Dos 187 leitos, 82 estão ocupados.
Os hospitais refletem a melhora nos índices da pandemia e o avanço da vacinação no Estado. Em Colatina, por exemplo, o Pronto Atendimento da Santa Casa, onde são feitos testes de Covid, o número de resultados positivos praticamente zerou. "Fazíamos 100 testes por dia e mais de 50% eram positivos. Agora, não fazemos nem 10 testes e há dias que nem tem teste. Mas ainda não pode descuidar, tem a nova variante e os cuidados permanecem”, afirmou Débora Gatti, diretora da Santa Casa.
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