A Santa Casa de Guaçuí, na Região do Caparaó, é mais um hospital que enfrenta problemas com a escassez de medicamentos para o tratamento de pacientes vítimas do novo coronavírus. Em nota, divulgada na tarde desta quinta-feira (25), o hospital prevê que os estoques devem durar apenas mais sete dias.
Segundo o hospital, a direção tem se empenhado para comprar medicamentos atrave?s de empresas parceiras, mas nenhuma delas possuem os itens em estoque e esta?o sem previsa?o de entrega dos mesmos. Os remédios são utilizados em procedimentos de sedac?a?o e em pacientes conectados a respiradores pulmonares.
A unidade é um dos hospitais que abriu leitos exclusivos aos pacientes com a Covid-19 no Sul do Estado. São 10 leitos de UTI e nove de enfermaria. De acordo com a última atualização da unidade, realizada na noite desta quarta-feira (24), todos seguem ocupados.
Outro hospital referência no tratamento da doença que enfrenta esta situação é o Hospital Evangélico Litoral Sul, em Itapemirim. Por lá, três dos 20 leitos precisaram ser bloqueados por segurança por conta da baixa nos estoques de medicamentos usados nos pacientes.
A unidade, que é gerida pelo Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (Heci), tenta importar os produtos, mas diz que o processo é lento e burocrático. A Secretaria de Estado da Saúde chegou a informar que emprestaria os remédios ao hospital, porém, de acordo com a administração do Heci eles ainda não chegaram.
Se no primeiro momento a nossa preocupação era com respiradores para a populac?a?o, agora os nossos guerreiros da sau?de, profissionais que atuam na linha de frente do combate a? pandemia, enfrentam uma nova batalha: a instabilidade no mercado farmace?utico. Isso porque os produtos utilizados em procedimentos de sedac?a?o e em pacientes conectados a respiradores pulmonares esta?o em escassez mundial, pela falta da mate?ria-prima necessa?ria para produzi-los.
A Santa Casa de Guac?ui? mante?m hoje um estoque que deve durar sete dias. Diante dessa situac?a?o, a instituic?a?o vem buscando incansavelmente o fornecimento desses medicamentos atrave?s de empresas parceiras, mas nenhuma delas possuem os itens em estoque e esta?o sem previsa?o de entrega dos mesmos.
Solicitamos tambe?m a ajuda de autoridades do Legislativo, Executivo, Judicia?rio e Ministe?rio Pu?blico e deixamos mais uma vez o pedido: a sua sau?de na?o pode esperar, fique em casa por voce? e por no?s.
Em nota, a a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) , explicou que todos os estados do País têm enfrentado dificuldades na aquisição de medicamentos sedativos, adjuvantes na sedação e relaxantes musculares utilizados no processo de intubação orotraqueal (IOT) em pacientes portadores de Covid-19, devido à grande procura nessa situação de pandemia mundial.
"No cenário estadual, a circunstância ainda não comprometeu o atendimento aos pacientes dos hospitais próprios, mas alguns filantrópicos já sinalizam dificuldades e, por isso, o Estado tem adotado medidas emergenciais como o empréstimo de medicamentos. Todos os esforços estão sendo empenhados para ajudar e minimizar a problemática. Nesta quarta-feira (24) alguns insumos foram emprestados para o Hospital Santa Casa Guaçuí, diz a Sesa. O Estado afirmou ainda que tenta viabilizar uma compra nacional única com empresas nacionais e internacionais.
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