O Espírito Santo vai receber, a partir desta quarta-feira (3), 15 novos casos importados de Covid-19. Após atender pacientes graves do Amazonas e de Rondônia, desta vez a assistência será oferecida a infectados pelo coronavírus de Santa Catarina. O Estado do Sul do país entrou em colapso e solicitou ao governo capixaba suporte na oferta de leitos.
O anúncio foi feito pelo governador Renato Casagrande, em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (1º), no Palácio Anchieta.
"Estamos praticamente com 20 Estados com dificuldades de atender os pacientes, especialmente em UTI. Hoje abrimos 15 leitos para Santa Catarina, que apelou para que nós viabilizássemos alguma ajuda. Santa Catarina entrou em colapso", pontuou o governador.
Casagrande lembrou que a oferta para Santa Catarina não extrapola a projeção que o governo estadual havia feito de disponibilizar cerca de 45 leitos para pacientes de outros Estados, no Hospital Dr. Jayme Santos Neves, na Serra - unidade de referência para pacientes com a Covid-19.
O Espírito Santo já havia recebido 36 do Amazonas e outros 30 de Rondônia, porém, mais da metade desses leitos já foi desocupada.
Do Amazonas, apenas um permanece na UTI e outro na enfermaria, enquanto 26 receberam alta e oito morreram. De Rondônia, 14 estão na terapia intensiva, sete em enfermaria, seis já foram liberados e seis foram a óbito, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
"Tenho certeza que, se em algum momento precisarmos, e eu espero que não, esses Estados também poderão nos ajudar", argumentou Casagrande.
Também durante a coletiva, o secretário Nésio Fernandes ressaltou que os pacientes de cada um dos Estados que têm sido atendidos no Hospital Dr. Jayme Santos Neves ficam em áreas isoladas umas das outras, assim como os profissionais de saúde não circulam entre as alas - os trabalhadores atuam exclusivamente em cada grupo de pessoas internadas e são testados frequentemente. Dessa maneira, afirmou Nésio Fernandes, espera-se evitar eventual transmissão de novas variantes.
"Pacientes de outros Estados foram isolados e os trabalhadores devidamente testados. As medidas não mudam, a doença se transmite por via respiratória, e tem repercussão mais letal em população já definida", disse o secretário da Saúde, acrescentando que as variantes identificadas no Espírito Santo não chegaram pelos pacientes de outros Estados.
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