Tata é uma arara-vermelha gigante, mais precisamente a única no Espírito Santo. Com mais de 30 anos de vida, ela vive no Instituto Nacional da Mata Atlântica, em Santa Teresa, na Região Serrana do Estado. O exemplar da ave rara, quase extinta, chama atenção pela exuberância de cores.
À reportagem de Aurélio de Freitas para a TV Gazeta, a pesquisadora Flávia Guimarães Chaves contou que Tata já é considerada idosa, mesmo que possa chegar aos 80 anos, como é o caso de outras aves semelhantes que vivem em cativeiro. "Ela tem boa saúde e pesa cerca de 1,5 kg. Quanto aos hábitos desses animais, eles costumam comer sementes, frutas e coquinhos", informou.
A arara, também chamada de arara-verde, já que nas asas dela a cor verde é predominante, passa boa parte do tempo contemplando o visual e alimentando-se. "O viveiro dela, para fins de maiores cuidados, é controlado. Então, só entra lá quem realmente é essencial, como pesquisadores, tratadores e veterinários", disse Flávia Chaves.
Segundo a especialista, torna-se adequado manter o animal afastado, já que na presença de mais gente ele fica muito estressado. "Tata é bastante temperamental, não gosta de muitas pessoas ao redor. Com as que ela recebe para ser cuidada, já está bem adaptada e até chega perto", acrescentou.
Apesar de ser a única no Espírito Santo, há araras-vermelhas em outros lugares no mundo, sendo características do Brasil, onde não são mais encontradas em meio à natureza, do Panamá, do Paraguai e da Argentina. No Rio de Janeiro, Estado vizinho, há exemplares em cativeiro.
Mesmo não estando em extinção, essas aves são alvo de preocupação. E, nesse sentido, a pesquisadora explica que, para ter mais espécimes delas, é preciso que seja realizado um projeto de reintrodução. "Teríamos que pegar indivíduos de outros locais, escolher o lugar mais apropriado para a reinserção e acompanhar a reintrodução para saber se a ave continuaria a sobreviver com o que resta de Mata Atlântica", finalizou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta