Para ajudar nos cuidados com a população afetada pela chuva, cerca de R$ 2,8 milhões serão repassados para a Prefeitura de São Mateus, no Norte do Espírito Santo. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (22) em uma coletiva de imprensa. O recurso é da Câmara Municipal e seria utilizado para a aquisição de um terreno. No entanto, diante da situação de calamidade pública, com quase 1,2 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas no município.
O acordo foi realizado na noite de quarta (21) em uma reunião que contou com a presença de representantes da prefeitura, do poder legislativo e da Defesa Civil Estadual. Segundo o tenente-coronel Carlos Wagner, do Corpo de Bombeiros, deve ser decidido ainda nesta quinta como a ajuda vai chegar até os moradores.
“Pessoas perderam geladeira, fogão, eletrodomésticos, documentos, perderam tudo. Nós estamos perto do Natal e entendemos que o poder público foi criado para o povo. Então é mais do que justo pegar esse recurso, que é mais de 2,8 milhões de reais e destinar para a população. Vamos ter uma reunião hoje para definir como esse recurso vai chegar até a população, se vai ser pelo recurso, ou a partir de bens. Vamos decidir e a população terá conhecimento”, disse Wagner, em entrevista ao Bom Dia ES.
De acordo com o último boletim da Defesa Civil Estadual, divulgado na manhã desta quinta-feira (22), 1.181 pessoas precisaram sair de casa em São Mateus por conta dos impactos da chuva. Desse total, 838 estão desalojadas e 343 ficaram desabrigadas. Os números são estimados e ainda estão em atualização, segundo o documento.
As vítimas estão abrigadas na Igreja Católica Daniel Comboni. São Mateus está ainda com risco alto de inundações e deslizamentos de terra. O Rio Cricaré, que corta o município, teve elevação do nível nas últimas horas. Há registro de alagamentos no bairro Porto.
Outra área de risco fica na avenida Cricaré, no bairro Boa Vista. Segundo o tenente-coronel Carlos Wagner, há uma rachadura em uma encosta que preocupa. Ele disse que moradores já foram retirados de suas casas no local. A geóloga da Defesa Civil Estadual deve fazer uma avaliação na região nesta quinta (22).
“Já tem uma rachadura de 25 cm naquele local, na encosta e pode desabar a qualquer momento. As famílias ali já foram retiradas, mas nós precisamos de um planejamento de contenção para evitar que mais danos aconteçam agora e no futuro. Há mais chuva para janeiro”, complementou Wagner.
*Com informações de Rosi Bredofw, da TV Gazeta Norte
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