Trabalhando há 20 anos em UTIs, o médico capixaba Eduardo Castro defendeu o uso de hidroxicloroquina para o tratamento contra o coronavírus em pacientes na fase precoce da doença.
Em entrevista ao Bom Dia ES, da TV Gazeta, o médico intensivista afirma que o remédio, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, tem dois efeitos: impedir que o vírus entre na célula e impedir que o vírus consiga se propagar e consiga se desenvolver rapidamente dentro daquela célula. No entanto, ele alerta para os riscos em casos de pacientes com histórico de problemas cardíacos.
"Tenho recomendado para todos os pacientes, mas em uma fase precoce. Depois que o pulmão está grave, com mais de 50% de acometimento, não vai funcionar. Tenho alguns médicos que não estão nem internados e me ligam perguntando. Se fosse eu, tomava. Se você não quiser tomar, não está errado. Eu estaria sendo hipócrita se estivesse falando com você para tomar numa fase depois se eu tomaria numa fase inicial", afirma.
Apesar de estar confiante com os resultados do remédio, o médico capixaba, no entanto, afirma que ainda não há comprovação científica da eficácia no tratamento com o uso da medicação e orienta as pessoas a continuarem mantendo o isolamento social.
"Um estudo científico que vai documentar e dizer se devo ou não usar cloroquina só vai sair em 2021 ou 2022. Não tem evidência científica, estamos lidando no escuro. Não adianta ficar animado demais e pensar que pode voltar a trabalhar", declara.
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