> >
Se pandemia não estiver controlada até abril, Carnaval de Vitória fica para 2022

Se pandemia não estiver controlada até abril, Carnaval de Vitória fica para 2022

Com a festa prevista para julho de 2021, presidente da liga diz que escolas precisam de ao menos 90 dias para produzir o desfile, algo inviável caso seja necessário manter as restrições de aglomeração

Publicado em 9 de janeiro de 2021 às 16:27- Atualizado há 4 anos

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Desfile da escola de samba Boa Vista, no Carnaval de Vitória 2019
Desfile da escola de samba Boa Vista, no Carnaval de Vitória em 2019. (Vitor Jubini)
Rafael Silva
Repórter de Política / [email protected]

Já há um consenso entre as escolas de samba capixabas que se em abril ainda houver risco considerável de contágio e a vacinação não tiver alcançado boa parte da população, o melhor é deixar o Carnaval de Vitória para 2022. Em entrevista para a CBN Vitória neste sábado (09), o presidente da Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesge), Edson Neto, afirmou que as escolas estão apreensivas com a evolução da pandemia de Covid-19 para decidir sobre o desfile deste ano.

O presidente já tinha previsto a realização do evento em julho de 2021, assim como as ligas do Rio de Janeiro e São Paulo. Isso, é claro, se a vacinação for iniciada e a pandemia estiver sob controle. De acordo com o presidente, as agremiações precisam de no mínimo 90 dias para produzir as fantasias e os carros alegóricos. A parte de planejamento e desenho das roupas e adereços, que representa segundo ele cerca de 30% da preparação, já foi feita. Agora, as escolas estão acompanhando o andamento da pandemia para uma definição.

"O que dava para adiantar, nós já estamos adiantando. Não queremos é ser pegos de surpresa, por exemplo, se a vacinação começar, a pandemia for controlada e a gente não tiver por onde começar. Só que temos uma data limite para aguardar. Podemos esperar até março, se chegar abril e a pandemia não for controlada, preferimos deixar para 2022 o carnaval", disse.

Neto lembra que mesmo durante a fase de preparação do carnaval as quadras das escolas e os barracões costumam ter aglomeração. As agremiações do grupo especial, por exemplo, podem ter cerca de 100 pessoas reunidas, trabalhando nos adereços. Com as restrições impostas pela pandemia, para se evitar o contágio, preparar a festa nessas condições seria inviável.

"Nossos desfiles são reconhecidos pela organização e segurança. São 70 mil pessoas que passam pelo Sambão durante os três dias. Não queremos ter o peso na consciência de que haja um surto de casos depois do carnaval ou que pessoas morram por conta da festa. Se até abril a gente não tiver avançado em termos de vacinação, o melhor é deixar para 2022. Fazer a festa depois de julho atrapalha o planejamento para o carnaval do ano seguinte e fazer um desfile mal feito a gente prefere não fazer", ressaltou.

A ideia que as escolas estão trabalhando é que a festa aconteça, em um cenário favorável, entre os dias 1º e 3 de julho, uma semana antes, como é tradicional, dos desfiles da escolas do Rio de Janeiro, que estão agendados para os dias 9 e 10 de julho (grupo A) e 11 e 12 de julho (grupo especial).

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais