Enfrentando falta de chuvas e estiagem nos últimos meses, o governo do Espírito Santo definiu uma série de regras para a população e o setor produtivo passarem a fazer racionamento de água. O 'estado de atenção' para a situação hídrica será publicado nesta terça-feira (16) e foi declarado devido às baixas vazões nos principais rios e cursos d'água que cortam o Estado.
A resolução apresenta recomendações para o uso racional da água, direcionadas tanto à população em geral quanto a setores específicos, como agricultura e indústria. Entre as medidas propostas estão a redução do consumo, a reutilização da água sempre que possível e a manutenção de equipamentos e instalações para evitar desperdícios.
O diretor-presidente da Agerh, Fabio Ahnert, explica que a participação e o envolvimento de todos são essenciais para minimizar os impactos da estiagem e garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos no Espírito Santo.
“A resolução de atenção tem como objetivo alertar e incentivar a população, instituições e agricultura a realizarem o uso racional da água. A Agerh e as instituições do Sistema Alerta ES continuarão monitorando a situação hidrológica e poderemos adotar novas medidas, caso o cenário hídrico tenha alterações”, afirma.
Às prefeituras dos 78 municípios do Espírito Santo são recomendadas ações que reduzam e responsabilizem atividades promotoras do desperdício de água, como lavagem de calçadas, fachadas, muros e veículos com o uso de mangueiras; a rega de gramados, jardins, vias públicas com água que não seja de reúso.
Medidas de reúso, reaproveitamento e reciclagem de água em suas unidades são as recomendações da Agerh para a redução do consumo em empreendimentos industriais.
São solicitados aos usuários e empreendedores agrícolas que adotem manejo adequado da irrigação, visando ao uso racional da água.
Às empresas e organizações responsáveis pelo abastecimento urbano de água, a Agerh recomenda campanhas de incentivo à economia do consumo diário de água pela população, intervenções para redução do índice de perdas do sistema de distribuição, e a agilidade no atendimento às solicitações de reparos de vazamentos em suas redes.
A Agerh recomenda aos órgãos responsáveis pelo licenciamento de atividades que imponham aos empreendimentos a adoção de medidas para a ampliação do uso racional, do reúso e aproveitamento de águas residuais tratadas, da captação de águas de chuva e de ações de reflorestamento e conservação de água e solo.
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