O secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, criticou, em entrevista à TV Gazeta, a paralisação nos ônibus que teve início na madrugada desta segunda-feira (04). Segundo Damasceno, o movimento do Sindicato dos Rodoviários é uma ação "descabida e desproporcional". O secretário ainda relatou que as empresas de ônibus conseguiram uma liminar que proíbe os rodoviários de impedirem a saída dos ônibus das garagens.
A categoria protesta pedindo a volta dos cobradores para dentro dos ônibus. Os cobradores estão afastados da função desde maio, quando o governo do Estado passou a aceitar apenas o cartão de passagem como forma de pagamento, justificando que o dinheiro físico é um vetor de transmissão do coronavírus. Os mais de 3,5 mil profissionais afastados foram incluídos no programa de redução ou suspensão da jornada de trabalho do governo federal.
Com o fim do programa, os cobradores voltaram ao trabalho, mas em outras funções, de acordo com decisão da Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura.
"O afastamento dos cobradores foi uma medida de saúde, uma medida necessária, que visa preservar a saúde pública em razão da pandemia, mas também os empregos. Os cobradores ainda tem mais oito meses de estabilidade. Além disso, existe um acordo no Tribunal Regional do Trabalho, inédito no país, que garante estabilidade de mais 20 meses. Além de progressão, eles fazem cursos. Já temos mais de 300 cobradores que viraram motoristas, existe um plano de demissão voluntária", comenta Damasceno.
Procurado, o presidente interino do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários), José Carlos Sales, informou que ainda não teve ciência das liminares.
Os rodoviários começaram na manhã desta segunda-feira uma paralisação nos ônibus do sistema Transcol, que são os coletivos que circulam entre os municípios da Grande Vitória. A categoria protesta pedindo a volta dos cobradores para dentro dos ônibus.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários), apenas conseguem deixar a garagem os coletivos com ar-condicionado e os micro-ônibus, que são aqueles que já não circulavam com cobradores antes mesmo da pandemia.
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