A autorização por parte do governo federal para que Estados, municípios e o setor privado, por meio do Projeto de Lei 534/2021, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro na última quarta-feira (10), negociem a compra direta de vacinas, traz mais esperança para que a imunização da população de fato alcance patamares elevados em todo o território nacional em breve.
Em meio à possibilidade de uma ampliação na vacinação independentemente das ações do Ministério da Saúde, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, mostrou-se mais otimista em relação à chegada de doses para o Espírito Santo intermediadas pela própria gestão estadual, mas paralelamente fez um alerta aos prefeitos dos municípios capixabas em relação a golpistas transvestidos fornecedores. Em coletiva na manhã desta sexta-feira (12), o chefe da Sesa explicou como o governo do Estado vem atuando para evitar que vacinas falsas cheguem ao território capixaba.
"Nós alertamos os gestores municipais em reuniões recentes sobre diversas falsas promessas de falsos fornecedores de vacinas que estão circulando no mercado. Recomendamos atenção para que todos façam a devida checagem dos fornecedores, dos distribuidores, e que tenham cautela porque todo o sistema de controle interno e externo hoje do país se mobiliza com atenção para poder identificar negociações de alto risco que municípios, consórcios e Estados possam estar estabelecendo com os potenciais representantes da indústria", destacou Nésio.
O secretário de Saúde ressaltou ainda que o Estado mantém negociações diretas com o setor industrial para garantir o acesso dos capixabas ao imunizante.
"O Espírito Santo tem estabelecido preferencialmente uma negociação direta com a indústria, de maneira que qualquer aquisição realizada pelo Estado possa ter a garantia do fornecimento, da qualidade do processo de produção, armazenamento e transporte das vacinas, para que de fato possamos fazer um processo de compra seguro para a população", salientou Nésio.
Seguindo esta linha de raciocínio, o secretário estadual detalhou que existindo a possibilidade de uma aquisição significativa de vacinas, a meta do Espírito Santo é já iniciar a vacinação para pessoas acima dos 30 anos ainda antes da metade de 2021, porém condicionou este panorama a uma série de prerrogativas.
"Nossa meta é comprar vacinas na indústria para podermos alcançar a imunização de toda a população acima dos 30 anos ainda neste semestre. No entanto, esta negociação se dá em termos complexos, com situações que envolvem a geopolítica, disponibilidade de vacinas, questão relacionadas aos procedimentos de compra e das exigências legais que os laboratórios fazem no momento da negociação. As atualizações feitas pelo Congresso Nacional e promulgadas pelo presidente (Jair Bolsonaro), facilitaram, de maneira que a compra das vacinas permita, neste momento, condições que não tivemos no ano passado e nos primeiros meses deste ano".
Por fim, o chefe da Sesa não escondeu o descontentamento relacionado aos seguidos atrasos na entrega dos imunizantes e na consequente demora para vacinar grupos prioritários no Espírito Santo e também no restante do país.
"É importante destacar que semanalmente temos a frustração do calendário anunciado nos meses anteriores, por parte do Ministério da Saúde, das quantidades de doses que podem chegar aos Estados. Estas decepções fazem com que a expectativa de iniciar a vacinação da população já na faixa etária dos 60 anos no mês de março também seja frustrada. Entendemos que ao longo do mês de abril devemos estar iniciando nesta faixa etária (60 anos) e que ainda há uma necessidade de que o Estado continue perseguindo a compra de doses complementares da indústria para complementar a estratégia nacional no ES, e assim antecipar o processo de vacinação da nossa população", concluiu Nésio.
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