O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, publicou nas redes sociais na tarde deste domingo (01) afirmações que rebatem críticos da volta às aulas presenciais. Para justificar, ele aponta que "o trabalho, o estudo e os cuidados com a saúde são centrais na vida social" e que, por isso, devem ser tratados como prioridade. Nésio ressaltou que o Espírito Santo alcançou cobertura vacinal em praticamente 70% da população adulta com a primeira dose ou a dose única contra a Covid-19, o que contribui para a redução dos casos graves e mortes provocadas pela doença.
Segundo o médico, nenhum país em pleno ciclo de queda de casos, internações e óbitos manteve escolas fechadas para a educação presencial. "A Unesco tem sido enfática e clara na diretriz sobre educação presencial em tempo de pandemia, 'as escolas devem ser as últimas instituições a fechar e as primeiras a abrir – como ocorre em qualquer emergência humanitária'", disse no Twitter.
Também de acordo com o secretário, o ambiente escolar vai além do aprendizado das disciplinas cursadas pelo aluno, sendo também um local que garante a alimentação das crianças e adolescentes de diversas famílias. "Em muitas realidades, a alimentação escolar representa a única refeição nutritiva das crianças mais vulneráveis", afirmou.
Fernandes tratou, também nas redes sociais, sobre a testagem no ambiente das escolas, o que garante uma proteção a mais para os alunos e famílias. "O retorno escolar acontece em ambiente de plena capacidade de testagem no Espírito Santo. A Testagem Escolar irá reconhecer casos, sem dúvida alguma, casos positivos são esperados e o objetivo dela é justamente tirar casos positivos de transmissão comunitária do ambiente escolar", disse.
Estudantes da rede estadual voltaram às aulas presenciais de forma obrigatória na última segunda-feira (26). Foram 240 mil alunos em todo o Estado que retornaram às salas em dias alternados e não mais em rodízio semanal.
A nova medida foi anunciada pelo governador do Estado, Renato Casagrande, em coletiva, no dia 16 de julho. "Vamos continuar com alternância, mas vai ser dia sim e dia não. Não mais semana sim, semana não. A turma que for num dia, não vai no outro dia", explicou, à ocasião.
A Secretaria de Estado da Educação (Sedu) confirmou que as 430 escolas da rede estadual passam a atuar com revezamento diário. A presença só não será obrigatória para alunos com comorbidades, deficiência, gestantes e lactantes.
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