O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, fez um alerta à população capixaba após o governo do Estado de Minas Gerais identificar a circulação da variante do coronavírus batizada como P.1. A mutação é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das três mais importantes em circulação no mundo, ao lado do Reino Unido e África do Sul.
A identificação da P1 entre pacientes mineiros já havia sido informada pela secretaria no início de março. De acordo com o portal O Tempo, até a semana passada, a P1 já havia sido identificada nas cidades de Uberlândia, Uberaba, Belo Horizonte, Patrocínio, Betim, Montes Claros e Nova Ponte. E a B.1.1.7, em Belo Horizonte, Betim, Caetanópolis, Barbacena, Uberlândia e Araxá.
Durante coletiva on-line realizada nesta sexta-feira (9), Nésio informou que conversou com o secretário de Estado da Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, na quinta-feira (8). Na ocasião, o gestor da Saúde mineira falou da dificuldade de atender os pacientes infectados com a Covid-19 nos municípios que fazem divisa com o Espírito Santo em virtude da alta pressão assistencial.
Nésio chama atenção para o fato de que os municípios capixabas apresentam a transmissão comunitária da variante inglesa. Na avaliação dele, "o Estado está sob a ameaça e o risco da circulação nacional de diversas variantes" por causa da ausência de um controle de fronteiras e divisas, além da falta da coordenação nacional em relação à circulação das pessoas.
"É possível que o Estado se torne vulnerável também à circulação de outras variantes que poderão competir com as variantes atuais na predominância de circulação em solo capixaba", destacou o secretário capixaba.
A Sesa está orientando os municípios capixabas que, independente da variante cirulante, estabeleçam testagem massiva de todas as pessoas sintomáticas e daqueles que tiveram contato com elas. O objetivo da secretaria é promover o isolamento social de forma adequada e interromper a cadeia de transmissão do vírus.
"Precisamos entender que a variante brasileira, reconhecida no Amazonas, possui comportamento ainda mais crítico na população jovem adulta, inclusive em relação à variante inglesa. Precisamos de atenção redobrada da sociedade capixaba e todas as instituições que diante de qualquer sintoma é necessário procurar atendimento médico", finalizou.
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