A segunda quinzena de abril no Espírito Santo concentrou o maior número de mortes por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, segundo dados divulgados até domingo (10) pelo Painel Covid-19. Dos 181 óbitos confirmados, 102 (56%) foram entre os dias 15 a 30 de abril. O maior registro ocorreu no dia 24 de abril com 11 mortes.
A análise foi feita com base nas datas que ocorreram as mortes, que são divulgadas no Painel Covid-19. No painel, a confirmação de casos é registrada no dia referente a data de óbito, enquanto que a divulgação para o público externo feita pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ocorre apenas no dia em que sai o resultado positivo que a morte ocorreu pela doença.
No último domingo (10), por exemplo, foi divulgada a confirmação de 181 mortes no Espírito Santo. Na véspera, eram 172, ou seja, uma evolução de 9 novos registros apresentados em 24 horas. Contudo, ainda não havia nenhuma morte confirmada neste mesmo dia (10), o número será alterado se uma pessoa tiver morrido nessa data devido à Covid-19 e isso for confirmado posteriormente. Uma das mortes divulgadas no final de semana, por exemplo, ocorreu no dia 12 de abril, 28 dias antes da divulgação.
O subsecretário Estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, informou em coletiva de imprensa na sexta-feira (8), que 21 mortes estão em fase de final de investigação no Estado. A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) informou que, após chegar ao Laboratório Central (Lacen), o exame demora de 48 a 72 horas para obter o resultado, mas não soube precisar quanto tempo a amostra leva para chegar ao laboratório, disse apenas que depende de onde foi coletada.
A confirmação ou descarte da doença será informado através do Painel Covid-19, onde estão compilados todos os dados referentes à doença em território capixaba. Há 21 óbitos que estão em fase final de investigação, para confirmar ou descartar se são óbitos pela doença também, disse.
O diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira, analisa que não é possível dizer que o número de mortes por dia está diminuindo, isso porque existe um prazo para que os exames laboratoriais fiquem prontos e os resultados sejam divulgados.
Não significa que ninguém tenha morrido no dia 8 de maio, por exemplo, o que acontece é que o caso está em processo de confirmação que envolve exame laboratorial, disse.
Ele acrescentou ainda que o isolamento, como orienta a Organização Mundial de Saúde (OMS) e governo do Estado ainda é a melhor maneira de evitar a disseminação do vírus. Estamos num crescimento exponencial e isso demonstra que estamos numa fase crítica da doença e requer uma atenção redobrada para ampliar o isolamento social e diminuir a demanda no sistema de saúde, finalizou.
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